Uma nova onda de cepas do HIV resistentes a antirretrovirais poderá representar, nos próximos anos, um grande desafio no combate à epidemia da Aids. É o que diz um estudo publicado na versão online da revista Science, que apresenta um modelo matemático para prever o impacto das cepas resistentes.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, analisaram dados da doença na cidade de São Francisco. Estudaram a ocorrência de cepas resistentes a um, dois ou três medicamentos. A partir dos dados, desenvolveram um modelo para prever qual será a situação da cidade nos próximos cinco anos.
Segundo a previsão, cerca de 60% das cepas resistentes em circulação na cidade estão suficientemente disseminadas para produzir epidemias autossustentáveis nos próximos anos. No grupo estudado, cerca de 13% das pessoas tinham cepas resistentes.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) prepara atualmente uma estratégia para coordenar esforços que viabilizem diagnóstico e tratamento universais contra o HIV. O modelo norte-americano poderá ser útil para a formulação da estratégia da OMS.
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