Britânico vende aplicativo que criou e ganha R$ 55 mi aos 17

Nicholas D´Aloisio virou o mais novo prodígio digital ao vender seu aplicativo para o Yahoo

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Britânico vende aplicativo que criou e ganha R$ 55 mi aos 17 | Peter Kramer/AP
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Enquanto estudava para uma prova de história, há dois anos, Nicholas D?Aloisio ficou frustrado com os textos da internet. Muitos se repetiam ou eram longos demais. Impaciente, como ele mesmo admite, Nicholas queria saber sem demora o conteúdo mais apropriado para ele. Dessa forma, a partir de uma simples pergunta nascida de uma justa frustração, Nicholas teve a ideia de criar o Summly, um aplicativo para celulares que reduz uma página a algumas frases e palavras-chave. Em novembro, lançou o programa, eleito pela Apple um dos melhores de 2012. Recentemente, o Summly foi comprado pelo Yahoo por um valor estimado em R$ 55 milhões. O negócio fez de Nicholas, de apenas 17 anos, o mais novo prodígio milionário da internet.

O rapaz começou cedo. Aprendeu a programar por conta própria aos 12 anos, quando a Apple lançou a loja de aplicativos App Store. Sua mãe, a advogada Diana, afirma que desde pequeno ele era habilidoso com tecnologias. Um talento autodidata, Nicholas poderia ser tachado de nerd. Não é o caso. De sorriso fácil e com um corte de cabelo no estilo da banda britânica One Direction, ele é descrito pelos pais como um adolescente normal. Namora há dez meses, gosta de ir a festas e tem uma coleção de troféus de críquete. Até ficar milionário, só fugia do padrão por gostar de manter o quarto arrumado e estudar russo e mandarim. Além de, claro, criar aplicativos nas horas vagas.

Entre suas primeiras invenções, estava um programa para descobrir as músicas que os amigos mais ouvem e outro para prever o humor de alguém por suas mensagens no Facebook. ?Quando me apaixono por algo, vou fundo. Foi assim com os computadores?, disse Nicholas. Lançado pela primeira vez em julho de 2011, o Summly atraiu o interesse do bilionário chinês Lu Ka-Shing. Ele investiu R$ 490 mil no aplicativo. Logo vieram investidores-celebridades, como o ator Ashton Kutcher e a artista Yoko Ono. O dinheiro permitiu criar uma versão mais sofisticada do programa, que hoje resume o conteúdo de 250 sites e já foi baixado 1 milhão de vezes. Nos últimos seis meses, Nicholas deixou de estudar para se dedicar ao Summly. Enquanto isso, profissionais contratados pelos investidores cuidavam do negócio. Ele era jovem demais para ser diretor da própria empresa.

A estratégia culminou na aquisição pelo Yahoo. A empresa é uma das mais tradicionais da internet, mas entrou em declínio com o surgimento de competidores mais ágeis, como Google, Twitter ou Facebook. Desde que assumiu a presidência da companhia, em 2012, a executiva Marissa Mayer reformula os serviços do Yahoo para funcionar melhor em tablets e smartphones. Tem comprado pequenas empresas para adquirir tecnologia e talento na área. O esforço pesou na decisão de Nicholas, que diz não ter fechado o negócio com o Yahoo por causa do preço, mas devido à visita que fez à empresa. ?Uma líder como Marissa e sua estratégia de dar prioridade para aparelhos móveis fizeram do Yahoo a combinação perfeita.?

O dinheiro da venda ficará no banco até Nicholas atingir a maioridade. ?Quero comprar uma bolsa, um computador e tênis novos. Vou poupar o resto?, diz. Ele já demonstrou interesse em investir em novas empresas, especialmente de novos empreendedores britânicos. Nicholas não se mudará para a sede do Yahoo, na Califórnia, porque ainda precisa fazer vestibular. Continuará a morar com os pais no bucólico bairro londrino de Wimbledon, trabalhará no escritório de sua companhia de dia e estudará à noite. Quer ir para a Universidade de Oxford ? mas nem pensa emestudar computação. Quer se formar em filosofia.



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