Brasil: Conheça as tecnologias que ainda não se popularizaram

E os motivos dessa falta de popularização incluem altos preços, falta de infraestrutura e a própria cultura nacional

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Preparamos uma lista com diversas tecnologias que não se popularizaram no Brasil. E os motivos dessa falta de popularização incluem altos preços, falta de infraestrutura e a própria cultura nacional.

Foi-se o tempo em que as novas tecnologias não vinham para o Brasil. Agora, a questão é quando elas virão e, sobretudo, a que preço. Cada vez mais acompanhamos, nos lançamentos globais de produtos, o Brasil entre os primeiros países a recebê-los. No entanto, embora as tecnologias sejam acessíveis para o país, elas não são acessíveis para a maioria dos brasileiros.

Carro Elétrico

Os carros elétricos funcionam com um motor movido a eletricidade. Esses veículos estão entre os que não emitem nenhum gás poluente e, em geral, o custo por quilômetro rodado é baixo. No entanto, para garantir que os veículos elétricos não sejam "agressivos" ao ambiente, precisa-se observar a matriz energética utilizada para alimentá-los. No caso brasileiro, a geração de energia é feita por meio de usinas hidroelétricas, que são consideradas limpas e renováveis. Além disso, os carros elétricos ajudam a reduzir a poluição sonora nas cidades, uma vez que são bastante silenciosos.

Contudo, embora muitos serviços de ônibus e trens movidos a eletricidade existam em todo o mundo, o uso de carros elétricos não é popular, sobretudo por seu preço e pela infraestrutura de reabastecimento. Vivemos um momento em que se precisa de investimentos de infraestrutura para que os veículos possam ganhar escala de produção capaz de reduzir seus preços.

Nesse estágio de desenvolvimento, a vontade política dos governos e da iniciativa privada em conjunto são condições fundamentais para a adoção em massa da tecnologia. Dessa forma, diversos projetos com parcerias entre governos, montadoras de veículos e universidades são desenvolvidos em todo o mundo, buscando viabilizar a utilização de carros elétricos.

No brasil, o projeto VE (Veículo Elétrico) surgiu de um acordo firmado em 2006 entre a usina de Itaipu e pela Kraftwerke Oberhasli (KWO), uma controladora de hidroelétricas suíças. Como parceiros no projeto, encontra-se a montadora Fiat e empresas de tecnologia, concessionárias de energia elétrica e instituições de pesquisas brasileiras, paraguaias e suíças. O objetivo do projeto é desenvolver e pesquisar veículos movidos a energia elétrica. Existem três grupos de trabalho para construir veículos de passeio, caminhões para transporte de cargas e um ônibus elétrico.

Os veículos do projeto utilizam bateria para armazenar a energia elétrica a ser utilizada, possibilitando a utilização dos veículos sem que se altere a infraestrutura das estradas. Os ônibus de São Francisco, por exemplo, requerem a construção de uma malha de cabos aéreos nas ruas. Esses cabos alimentam os ônibus a todo momento, evitando a necessidade do uso de grandes baterias nos veículos.

NFC

O padrão Near Field Communication (NFC) possibilita a comunicação sem fio para transações rápidas ou troca de arquivos entre dois dispositivos próximos a apenas alguns poucos centímetros. O sistema foi desenvolvido para pagamentos por meio de celulares e já é utilizado em países como os Estados Unidos e o Japão como cartão de crédito, para compras em lojas e para o pagamento de transporte coletivo. Diversos aparelhos já possuem a tecnologia, que é usada para enviar informações encriptadas para leitores próximos das caixas registradoras.

Além do uso como método de pagamento, a tecnologia NFC pode ser usada em locais turísticos. Através de um sensor, pode-se enviar aos visitantes informações úteis sobre uma obra de arte ou uma peça de museu, incluindo, desde informações simples, até links para páginas da Web com maiores informações e conteúdo multimídia como vídeos e fotos complementares. A tecnologia pode ainda ser aplicada para a compra eletrônica de ingressos para cinemas, teatros ou espetáculos, evitando as filas nas portas dos estabelecimentos.

No Brasil, no entanto, poucos modelos possuem o NFC e o seu uso ainda não é explorado em larga escala. Embora pudesse ser usado para substituir os cartões por proximidade, já usados para o transporte público e acesso a alguns prédios, o uso dos celulares encontra algumas barreiras no país. Além do alto custo dos aparelhos que possuem essa funcionalidade, existe o medo de roubos dos aparelhos, no caso de serem usados para pagamentos em lojas ou no transporte público.

Fiber to the Home (FTTH)

A tecnologia de conectar as residências à Internet através de cabos de fibra ótica, conhecida como Fiber to the Home (FTTH), embora comum em países como o Japão, não é utilizada no Brasil devido ao seu alto custo. Nessa tecnologia, a fibra ótica substitui os cabos de cobre e os cabos coaxiais, usados atualmente para a transmissão de canais de televisão, Internet e telefonia. Com a implantação das fibras óticas, pode-se oferecer maior velocidade de conexão e novos serviços, como a transmissão de canais sob demanda em alta definição e três dimensões.

No Brasil, algumas operadoras de telefonia, oferecem serviços semelhantes, levando os cabos de fibras óticas até os prédios, fazendo a distribuição interna através de cabos de cobre ou coaxial. O principal limitante da tecnologia é o alto custo de implantação da infraestrutura e da compra dos equipamentos para as residências. Esse é um dos motivos para que a tecnologia seja adotada primeiro em locais com alta densidade populacional.

Essas são apenas algumas tecnologias que não se popularizaram no Brasil. Use nosso espaço de comentários para listar outras tecnologias importantes que não fazem sucesso no aqui.



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