Criadora de “Final Fantasy” quer desenvolver jogos no Brasil

Yasuhiro Fukushima diz que produtora pode abrir filial no país.

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A Square Enix, produtora responsável pelas séries "Final Fantasy" e "Dragon Quest", está de olho nos desenvolvedores de games brasileiros. Descobrir talentos aqui e na América Latina são os objetivos da companhia com um concurso, o "Square Enix Latin America Game Contest 2012" , e a presença do fundador e presidente, Yasuhiro Fukushima, no Brasil, além de divulgar o concurso para estudantes, é tentar viabilizar uma filial da companhia no país.

"Nosso objetivo é identificar talento. Este é o principal ponto", afirma Fukushima em entrevista exclusiva. "O objetivo é que, no futuro, possamos desenvolver [um jogo] com o talento identificado aqui, criando games para o mercado latino-americano. São jogos produzidos aqui e focados para o público local".

O executivo afirma que, se os jogos tiverem potencial para ganhar o mundo, "seria bom", mas que o importante é fazer sucesso comercial na região.

Em viagem pelo Brasil, Chile e México, Fukushima conta que tenta escolhar um desses países para montar escritório. Ele afirma que no estudo que fez do mercado brasileiro, identificou problemas em potencial que o fez aumentar a lista de países que podem ter uma sede da Square Enix. "Os único problema do Brasil é a alta carga de impostos. Isso fez com que México e Chile entrassem em uma lista como possíveis países para ter uma filial nossa", explica. Ele, no entanto, diz que a "posição mercadológica e geográfica do Brasil na América Latina é bom para o negócio". "Seria muito bom se tivéssemos um escritório aqui", conta.

O "Square Enix Latin America Game Contest 2012" premiará o vencedor com US$ 35 mil. O jogo criado pode ter tema livre, mas deve ser feito para navegadores, smartphones e tablets. O prazo de entrega dos trabalhos deve ser feito durante todo o mês de agosto.

Jogos inéditos

Não pense que o próximo "Final Fantasy" será feito no Brasil. Fukushima, deixa claro que o foco do desenvolvimento local será para "novas propriedades intelectuais", ou seja, games inéditos e títulos para plataformas móveis, como celulares e tablets. "Não temos intenção no momento de trazer as franquias para [serem desenvolvidas] aqui". Mas, ele não descarta que, no futuro, isso pode acontecer.

O plano da empresa no país é focar na criação jogos para tablets e celulares. Mesmo sem os grandes jogos da Square Enix, Fukushima acredita no sucesso do empreendimento no Brasil. "Este é nosso ano zero. Acredito que em três anos vai existir um jogo de grande sucesso feito para o mercado brasileiro feito por uma empresa local. Em cinco anos existirão várias empresas vivendo [do resultado de vendas] de suas próprias propriedades intelectuais desenvolvidas por elas mesmas aqui. O mercado ficará forte o suficiente para comportar isso e queremos ser a maior produtora de jogos local."

"Não façam cópias"

A visita de Fukushima ao Brasil não é apenas para negócios. Neste sábado (21), ele fará uma palestra aberta ao público na PUC-SP, às 11h, para falar sobre o concurso e também dar algumas dicas de desenvolvimento de games. "Acho que os estudantes são o futuro da indústria de games do Brasil. Quero poder dar dicas para eles baseadas na minha experiência de produção de jogos."

Pedimos uma dica, Fukushima disse: "Não façam cópias". Segundo ele, os games de sucesso são copiados desde a época do NES, na década de 1980, e que, agora, acontece com os jogos para celular. "À medida que os jogos para plataformas móveis se tornam mais complexos, eles não serão copiados facilmente e esse problema será resolvido com o tempo".



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