A popularização dos smartphones, tablets e outros dispositivos móveis está mudando a forma como acessamos a internet, cada vez mais em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas como essas maravilhas tecnologias funcionam para pessoas com deficiências visuais graves?
?Não funcionam?, pode pensar o leitor. Na verdade, não é bem assim. No caso do iPhone, da Apple, o aparelho conta com o VoiceOver, que descreve, em voz alta, o que aparece na tela. Assim, o usuário pode utilizar o aparelho sem precisar vê-lo.
Contudo, o recurso tem muitas limitações e, com isso em mente, um estudante de Desenho Industrial da Universidade de Sheffield Hallam, na Inglaterra, resolveu criar algo mais prático: um aparelho com todas as funções normais de um telefone, mas com indicações em braile.
Batizado de DrawBraille Mobile Phone, o dispositivo tem duas peças principais: a primeira é constituída por 35 botões em braile, distribuídos em cinco colunas. Já a segunda é semelhante ao monitor de toque de muitos telefones inteligentes, mas com superfície em relevo.
A bateria do aparelho também pode ser medida através de cinco pontos em relevo, cada um representando 20% da energia disponível. E o smartphone conta ainda com outros recursos específicos como mensagens de texto, e-mail, leitor de livros e até um tocador de músicas.
Infelizmente, o projeto ainda não passa de um esboço sem qualquer previsão para ser comercializado. Mas se os desenvolvedores de smartphones começarem a ter um pouco mais de consciência quanto a democracia digital, quem sabe o aparelho não vire realidade. Tomara.
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