Facebook aumenta supervisão de páginas com violência explícita

Páginas da rede social promoviam violência contra a mulher. Grupos feministas boicotaram anúncios publicitários no site.

Avalie a matéria:
15 companhias assinaram o boicote ao Facebook | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Facebook reconheceu nesta quarta-feira (29) sua falta de supervisão sobre conteúdos que promovem a violência contra a mulher na rede social e prometeu soluções em resposta a um boicote publicitário promovido por grupos feministas.

Em um texto publicado na página "Facebook Safety", a companhia admitiu que seus "sistemas para identificar e eliminar mensagens de ódio não funcionaram como deveriam", em particular "no que se refere à violência de gênero".

"Em alguns casos, o conteúdo não é eliminado tão rápido como queremos. Em outros, o conteúdo que deveria ser eliminado não foi ou foi avaliado com critérios defasados", indicou a vice-presidente de Política Pública Global do Facebook, Marne Levine.

O Facebook ratificou sua vontade de continuar fomentando a liberdade de expressão em sua rede social, embora tenha reconhecido que deve prestar mais atenção nas publicações de seus mais de 1 bilhão de usuários. "Precisamos melhorar e faremos mudanças", completou Marne.

A decisão de Facebook veio à tona depois que no último dia 21 de maio dezenas de associações feministas, como a The Everyday Sexism Project e Women, Action & The Media, enviassem à direção da rede social uma carta aberta cobrando medidas mais severas em relação aos comportamentos agressivos contra a mulher.

A carta em questão, inclusive, anunciava uma campanha para conscientizar os anunciantes a deixarem de fazer publicidade no Facebook até que a equipe de Mark Zuckerberg apresentasse uma resposta a mesma.

No total, aproximadamente 15 companhias assinaram o boicote ao Facebook, algumas de grande porte, como a Nissan no Reino Unido.

As organizações se queixavam que Facebook alojava páginas como "estuprar com violência sua amiga só para rir", "estuprar a sua namorada e muitas, muitas mais", assim como fotografias de mulheres sendo golpeadas, feridas, drogadas e sangrando.

"Proibimos o conteúdo considerado prejudicial de forma direta, mas permitimos as declarações ofensivas ou controversas", esclareceu a vice-presidente de Política Pública Global do Facebook, que apontou que o Facebook também é taxativo com o "discurso do ódio", no qual se inclui o da violência de gênero.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES