Garoto de apenas 17 anos vende aplicativo por US$ 30 milhões

Ele aprendeu sozinho a escrever software, quando tinha 12 anos.

Nick D"Aloisio, 17, mostra o aplicativo Summly, que vendeu ao Yahoo por US$ 30 milhões | Reuters
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Um prodígio londrino da computação está realizando os sonhos do Vale do Silício, com a venda de seu aplicativo para o Yahoo! por US$ 30 milhões.

O portal de internet, que colocou a tecnologia móvel em posição central em seu novo plano de recuperação, depois de anos de dificuldades, decidiu que era hora de recorrer ao adolescente britânico Nick D"Aloisio e ao aplicativo Summly, que resume notícias automaticamente para leitura nas pequenas telas dos celulares e aparelhos móveis.

O acordo faz do autodidata D"Aloisio, 17, um milionário. Ele aprendeu sozinho a escrever software, quando tinha 12 anos, e passará a trabalhar no escritório do Yahoo em Londres, enquanto continua seus estudos.

D"Aloisio foi elogiado pela Apple quando do lançamento do Summly, classificado pela companhia como um dos melhores aplicativos para o iPhone em 2012. O programa foi baixado quase um milhão de vezes antes que fosse retirado da loja de aplicativos da Apple, depois do anúncio da transação.

"Nick é um pensador excepcional no que diz respeito a produtos", disse Adam Cahan, vice-presidente de produtos móveis e emergentes do Yahoo.

"Ele representa uma mudança de geração, em termos das coisas sobre as quais pensa, e do significado de uma cultura completamente móvel. A geração dele não é uma geração na qual os aparelhos móveis vêm primeiro; é uma geração na qual só existem aparelhos móveis. E esse é um ponto de vista diferente".

A Summly contava com capital investido pela Horizons Ventures, a divisão de capital para empreendimentos do conglomerado de Li Ka-shing, bilionário das telecomunicações de Hong Kong.

Nomes conhecidos da tecnologia e da mídia também investiram no empreendimento, entre os quais os atores Ashton Kutcher e Stephen Fry; Shakil Khan, criador do Spotify; e Mark Pincus, presidente-executivo da Zynga.

"Meu projeto com a Summly era levar a nossa tecnologia ao maior número possível de usuários", disse D"Aloisio, em referência às centenas de milhões de usuários do Yahoo.

"Dada a reputação do Yahoo como portal de conteúdo, temos uma oportunidade de mudar de maneira fundamental a maneira pela qual o conteúdo é consumido".

STANFORD

D"Aloisio também contou com assistência do Instituto de Pesquisa de Stanford, uma organização de pesquisa e desenvolvimento que também esteve envolvida na criação do sistema Siri de assistência por voz, para a Apple.

"A visão mais ampla quanto ao projeto e a tecnologia utilizada são ambas muito impressionantes", disse Cahan sobre as capacidades de aprendizado mecânico e processamento de linguagem natural do Summly.

Em um post anunciando a transação no blog da empresa, Cahan afirmou que, embora os aparelhos móveis estejam mudando nossa rotina cotidiana, "a maioria dos artigos e páginas da web foram formatados para navegação com ajuda de mouse. A capacidade de navegar por eles em um celular ou tablet pode representar um sério desafio, desejamos maneiras mais fáceis de identificar o que é importante para nós".

Summly tenta solucionar o problema por meio da criação de "instantâneos" de histórias, que permitem aos leitores navegar mais rápido do que se lessem a íntegra dos artigos. O aplicativo será fechado, mas a tecnologia de D"Aloisio será integrada aos aplicativos móveis do Yahoo.

Dois dos subordinados de D"Aloisio na Summly se transferirão à sede do Yahoo em Sunnyvale, Califórnia, mas por enquanto o criador do app está resistindo aos atrativos do Vale do Silício.

"Tenho 17 anos. Quero ficar com a minha família e meus amigos, terminar a escola", ele disse. "Viverei em Londres pelo futuro previsível".



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