Google anuncia tablet próprio com tela de 7 polegadas e Android

Em evento, companhia também revelou nova versão do Android

As informações e fotos do tablet Nexus 7 vazaram na loja Google Play dos EUA | Reprodução
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O Google anunciou nesta quarta-feira (27) um tablet próprio para concorrer com o iPad, da Apple, e o Surface, revelado recentemente pela Microsoft.

Conforme informações e fotos vazadas na loja Google Play, dos Estados Unidos, o aparelho roda a nova versão do sistema operacional Android, chamado Jelly Bean, e tem tela de 7 polegadas, bem menor do que a de seus concorrentes.

Por conta do tamanho, o tablet deve concorrer diretamente com o PlayBook, da RIM, fabricante do BlackBerry, e com o Kindle Fire, da Amazon. O iPad, por exemplo, tem tela de 10 polegadas. Chamado de "Nexus 7", o tablet do Google tem processador Tegra 3 de 1.3 GHz com quatro núcleos e 1 GB de memória RAM.

Novo Android

Nesta quarta-feira (27), a companhia realizou o evento anual Google I/O, em San Francisco (EUA), onde revelou o Android 4.1, apelidado de Jelly Bean, novo sistema operacional móvel do Google. Segundo Hugo Barra, diretor de produto da companhia, o Google criou a plataforma para que ela fosse mais simples, fácil de usar e com visual agradável.

As imagens no novo sistema operacional Jelly Bean rodam de forma mais fluida e com maior qualidade, melhorando a experiência do usuário. Ela é a melhor e mais rápida versão do Android, conforme o Google.

Ao mover ícones e widgets na tela do celular, o novo Android reajusta o tamanho destes aplicativos, permitindo uma melhor organização, algo que foi muito solicitado pelos usuários nas versões anteriores.

O novo Android vem com o recurso Voice Typing, que permite ditar textos usando a voz mesmo que o usuário esteja sem conexão à internet. Assim, é possível escrever um e-mail, por exemplo. Inicialmente, o recurso funcionará para o inglês nos EUA.

O aplicativo de fotografias do Jelly Bean permite um compartilhamento mais rápido nas redes sociais. Além disso, com movimentos dos dedos, é possível rever, apagar e restaurar as fotos do celular ou do tablet.

Por meio da conexão NFC (sigla para Near Field Communication), é possível compartilhar vídeos e fotos ao tocar os aparelhos e leva apenas um segundo para trocar os arquivos, segundo Hugo Barra. Com um novo recurso de notificações, é possível, por exemplo, ligar para um amigo que fez uma ligação perdida apenas ao tocar no ícone nesta tela de notificações.

No Jelly Bean, a busca por voz está muito mais rápida, segundo Barra. Ao fazer uma pergunta, o assistente digital responde à pergunta. Na demonstração, perguntaram ?quem é o primeiro ministro do Japão?, e o celular respondeu dizendo o nome e mostrando na tela mais informações. É possível pedir por fotos de um determinado objeto ou animal que o sistema apresentará uma relação delas ao usuário.

O recurso Google Now promete descobrir seu caminho de casa para o trabalho e dar informações sobre o trânsito, apresentado os melhores atalhos, por exemplo. Ele informa também locais que o usuário gostaria de comer e qual o próximo compromisso. Para isso, ele informa o melhor caminho a tomar, qual o ônibus a pegar e qual o horário que ele vai passar. Tudo é fornecido ao usuário automaticamente. No aeroporto, o recurso avisa qual o portão de embarque e se há alguma mudança.

Durante o evento, o Google divulgou ainda os números do Android. Segundo a companhia, 400 milhões de aparelhos com a plataforma já foram ativados este ano, número muito maior que os 100 milhões registrados em 2011. Hoje, 1 milhão de aparelhos Android são ativados no mundo todos os dias.

Mercado de tablets

Na avaliação de Attila Belavary, analista da IDC Brasil, a oferta de um tablet próprio pelo Google, assim como ocorreu com o Surface, da Microsoft, é uma forma de dar o exemplo de como seria a "máquina ideal". "Eles querem mostrar aos parceiros que também podem integrar software e hardware ? assim como a Apple?, afirma em entrevista.

A aposta do Google em um tablet mais barato, com especificações limitadas e voltado ao consumo de serviços e conteúdos on-line, entretanto, ainda não deve ser recebida em mercados como o Brasil, avalia o analista.

?O Kindle Fire, da Amazon, tem um valor mais baixo, mas a empresa ganha na venda dos serviços de conteúdo como livros, séries de TV e filmes. No Brasil, vimos a entrada da Netflix, mas ainda é um segmento muito novo. No curto prazo não vejo grandes expectativas de venda para esses produtos?.

Para Belavary, a estratégia adotada pela Microsoft e pelo Google não coloca em risco os parceiros e beneficia o consumidor, que ?ganha com mais opções?. Somente no Brasil, segundo a IDC, o consumidor encontra 17 diferentes grandes marcas de tablets no varejo, sendo que 40% possuem produção local. ?Em 2010, o mercado estava concentrado nas marcas Apple e Samsung?, compara.



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