Instagram se aproxima do sistema Android e comove usuários; veja

Por outro lado, o Instagram é uma empresa pequena e precisa capitalizar todo esse sucesso

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Esta foto é do designer gráfico Mike Kus, que tenta usar o Instagram para documentar sua vida diária | Divulgação
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Na mesma semana em que foi escolhido como o melhor aplicativo do ano para o iPhone pela própria Apple, o Instagram - programa que permite compartilhar, aplicar filtros e efeitos em fotos tiradas pelo celular - causou comoção nas redes sociais após o anúncio de que, em breve, deve chegar também aos dispositivos com Android.

Os usuários do iPhone, os únicos que hoje podem usar o app para compartilhar as fotos "descoladas", não gostaram de perder exclusividade sobre os efeitos e reclamaram no Twitter da possível "orkutização" do programa. Com os usuários do Android comemorando a proximidade do Instagram e os da Nokia e BlackBerry lamentando a falta de previsão para os seus smartphones, o aplicativo foi parar entre os assuntos mais comentados do microblog no mundo nesta semana.

Mas por que um simples aplicativo causa tanto debate? Em primeiro lugar, porque é popular: são mais de 15 milhões de usuários, número que Kevin Systrom, CEO do Instagram, espera ver duplicado com a chegada do aplicativo aos smartphones com o sistema operacional do Google. Além de ser uma rede social em si mesma, com o compartilhamento de imagens dentro do seleto clube de usuários, o Instagram permite integração com o Facebook e o Twitter. Desta forma, esses 15 milhões saltam para um número incalculável de amigos que vêem as belas e coloridas imagens postadas nas redes sociais pelos usuários de iPhone.

Em segundo lugar, porque os poucos concorrentes que resolveram entrar nessa briga não tiveram sucesso. O popular site de armazenamento de imagens Flickr tentou cooptar os usuários de Android ávidos por aplicar filtros em suas fotos e lançou um app para o sistema em setembro deste ano, mas não conseguiu - nem de longe - o barulho alcançado pelo Instagram. Nem mesmo o gigante Google, conseguiu: seu aplicativo de compartilhamento de imagens para Android, o Pool Party, lançado neste ano, já foi tirado de circulação, e o Photovine, para o iOS, tem data para acabar, 6 de março de 2012.

A ida para o Android pode representar um desafio para a empresa que conta com pouco menos de uma dúzia de funcionário. A fragmentação do sistema operacional do Google - com aparelhos dos mais diferentes tipos, com as mais diferentes câmeras - vai criar uma infinidade de fotos com as mais distintas qualidades.

O próprio CEO do Instagram afirmou na quinta-feira durante o Le Web, evento que discutiu em Paris a força e o potencial da web em termos globais, que o sucesso do Instagram se deve muito à qualidade da câmera do iPhone. "A tela e a câmera do iPhone 4 realmente foram um momento decisivo. Foi muito perturbador. Alguém tinha que vir e aproveitar essa perturbação", disse Systrom.

Por outro lado, o Instagram é uma empresa pequena e precisa capitalizar todo esse sucesso. A chegada no Android, o sistema operacional móvel mais popular do mundo, vai ajudar a ampliar e muito essa rede de fãs e usuários do programa e, quem sabe, mais anunciantes. "Nosso foco agora é no crescimento da rede. Você realmente precisa construir a rede, ou nenhum anunciante vai se interessar", disse, afirmando que a empresa está apenas no começo de onde querem chegar em termos de usuários. E o caminho que o programa tem pela frente é promissor: com tanta gente postando fotos em redes sociais, um aplicativo que aplica efeitos que escondem defeitos e transforma praticamente qualquer um em um fotógrafo profissional tem tudo para rapidamente duplicar o número de usuários, como deseja o CEO da empresa.



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