Israel convoca 300 mil reservistas para o combate aos ataques terroristas

Israel chamou 300 mil reservistas e começou a série de bombardeios contra Gaza.

Guerra entre Israel e grupo terrorista Hamas | Thomas Coex-AFP
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Em 50 anos, Israel sofreu o pior ataque de terroristas do grupo Hamas, no dia 7 de outubro, quando os extremistas invadiram a barreira que separa o território israelense da Faixa de Gaza e mataram, de forma indiscriminada, centenas de pessoas. Entre as vítimas, brasileiros. Como resposta, Israel chamou 300 mil reservistas e começou a série de bombardeios contra Gaza.

O conflito não para por aí. Nas próximas horas, o Irã prevê ataques de aliados contra Israel. A informação é do chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, que declarou nesta segunda, 16, que o país e seus aliados que são contrários a Israel preparam uma "ação preventiva" contra o Estado judeu. 

"Os líderes da resistência não deixarão o regime sionista fazer qualquer ação em Gaza. Todas as opções estão abertas. A resistência é capaz de travar uma guerra de longo prazo com o inimigo. Nas próximas horas, podemos esperar um ataque preventivo da frente de resistência", informou.

As frases inflamadas do chanceler vão de encontro à declaração do presidente iraniano Ebrahim Raisi, que mais cedo afirmou que os aliados eram "independentes" e negou a participação do Irã no ataque do Hamas. 

Em reuniões e diálogos sobre o conflito, o Conselho de Segurança vai votar propostas do Brasil e da Rússia sobre a guerra Israel-Hamas. O Conselho vota entre duas propostas, uma criada pela Rússia e outra pelo Brasil. A reunião foi convocada pela missão brasileira, que ocupa a presidência rotativa do órgão neste mês. Ela foi agendada para às 19h.

Conselho 

O Brasil ficou responsável por apresentar uma redação após a última reunião, realizada na sexta (13). Na ocasião, representantes russos circularam sua própria versão com pedido de cessar-fogo humanitário. O Brasil ficou com a missão de consultar as representações para fazer um texto aceitável a todos. Mas a Rússia já garantiu que vai apresentar duas emendas ao texto feito pelo Brasil e vai pedir a inclusão da condenação a "ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza" e um pedido para um cessar-fogo humanitário.

Uma resolução precisa de 9 votos favoráveis entre os 15 membros do Conselho e não ser vetada pelos países com assento permanente, que são Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido. Enquanto russos e chineses criticam a contraofensiva israelense, os americanos são aliados de Tel Aviv e historicamente blindam o país no fórum.

Sem dar detalhes sobre o ataque, as Forças de Defesa de Israel (IDF) exibiram vídeo em que mostra o momento em que o refúgio do chefe regional da inteligência do Hamas foi atingido. Mas a identidade do terrorista morto ou o local em que ocorreu a ofensiva continuam em sigilo.

Cardeal se ofereceu para trocar de lugar com reféns

Patriarca em Jerusalém e representante do Papa Francisco, o italiano Pierbattista Pizzaballa, 58 anos, se ofereceu para ser trocado por crianças israelenses feitas reféns pelo Hamas em Gaza. "Estou pronto para uma troca, para qualquer coisa que possa levá-las à liberdade, para trazer as crianças de volta para casa", declarou, enfatizando que não há nenhum diálogo com a facção terrorista do Hamas.

O cardeal informou que aproximadamente mil cristãos estão alojados em edifícios ligados à Igreja Católica no norte de Gaza. "Eles não sabem para onde ir, porque se deslocar é perigoso." Pizzaballa é o 10º cardeal a assumir a liderança do Patriarcado Latino de Jerusalém e representa a Igreja Católica que supervisiona Israel, Jordânia, Chipre e os territórios palestinos, o que inclui a Faixa de Gaza. 

Na tarde desta segunda-feira, a polícia de Israel disse que vai dar armas aos civis para que eles se defendam de ataques. O chefe da polícia, Kobi Shabtai, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ampliaram as unidades de participantes de emergência sob o patrocínio da polícia em todas as cidades e que as 347 novas unidades serão formadas por 13.200 civis voluntários nos quadros da polícia.

No meio desse confronto, o Hamas afirma manter até 250 reféns em Gaza.  De acordo com Abu Obeida, 200 estariam em mãos do Hamas, sendo tratados "de acordo com a fé islâmica". O grupo terrorista também mostrou vídeo que mostra uma mulher detida. Ela aparece com ferimento na mão e pede para ser retirada.

Os Estados Unidos  determinou que 2.000 soldados fiquem de prontidão para serem enviados a eventual resposta à guerra entre Israel e o Hamas. A tropa, segundo uma das autoridades, teria papel auxiliar, para dar suporte médico e desativar explosivos não detonados. No momento, milhares de pessoas, incluindo brasileiros, permanecem presas.

O Exército israelense nega ter disparado míssil contra civis palestinos. O porta-voz dos reservistas das Forças de Defesa de Israel, major Roni Kaplan, afirmou nesta segunda-feira que o estado de Israel "faz enormes esforços para minimizar a perda de vidas em Gaza", enfatizando que o  Hamas é responsável por inibir o deslocamento de palestinos com o pretexto de usar os civis como escudo humano.

"Estamos em guerra contra o Hamas, e o objetivo é assegurar que os horrores e atrocidades do dia 7 nunca mais voltem a ocorrer. Para conseguir isso, é necessário erradicar a capacidade militar do Hamas. É uma guerra de autodefesa; temos o dever, a obrigação e o direito de proteger nosso povo", afirmou.



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