Jovens usam aplicativos alternativos para “fugir” dos adultos no Facebook

Os jovens querem se comunicar longe dos adultos mais próximos

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Quem não tem a mãe ou o professor no Facebook? Há tempos a rede social deixou de ser dominada pelos jovens e passou a ser invadida por pessoas de todas as idades. Tal fato foi constatado não apenas nas timelines, mas também pela diretoria da rede social. No fim de outubro deste ano, durante a apresentação dos resultados trimestrais do Facebook, o diretor financeiro da empresa, David Ebersman, afirmou que a rede teve um "declínio em usuários diários, especificamente entre os adolescentes mais jovens".

O motivo do êxodo, que tem beneficiado apps e serviços como o Snapchat e o WhatsApp, é simples: os jovens querem se comunicar longe dos adultos mais próximos, que muito provavelmente estão entre o 1,1 bilhão de usuários da maior rede social do mundo.

É a primeira vez em que um executivo do Facebook trata do assunto publicamente, mas há tempos a empresa se preocupa com as ameaças à sua hegemonia e age vigorosamente para combatê-las. Quando percebeu que as pessoas compartilhavam cada vez mais imagens no Instagram, comprou o aplicativo, em abril de 2012.

Diante do sucesso do Snapchat, um aplicativo que permite enviar fotos e vídeos que se autodestroem em alguns segundos, criou um clone, o Poke, que foi um fracasso. Depois, tentou comprar o próprio Snapchat por US$ 3 bilhões - o triplo do que pagara pelo Instagram -, segundo revelou o "Wall Street Journal".

Na última semana, reformulou seu aplicativo de mensagens para Android e iOS, que agora pode ser usado para a comunicação entre pessoas que não são amigas no Facebook. Além disso, o app tomou emprestado de mensageiros instantâneos populares na Ásia, como o WeChat (China), o Line (Japão) e o KakaoTalk (Coreia do Sul), o tom neon do novo ícone e a ênfase nas figurinhas (emoticons gigantes e ultracoloridos).

Nenhum desses concorrentes, porém, age como um substituto direto do Facebook, como o Google+. Além disso, eles às vezes são usados de formas que não haviam sido previstas por seus criadores, observou o analista Benedict Evans.

"As pessoas não estão usando o Instagram para fotos, o WhatsApp para texto e o Line para adesivos. Elas estão usando tudo para tudo: o Instagram para informar aos outros que vão se atrasar, o WhatsApp para compartilhar fotos, o Snapchat para fazer planos para a noite e assim por diante."

O Facebook afirmou em nota: "De maneira geral, como o diretor financeiro do Facebook apontou, o uso do Facebook pelos jovens continua estável, eles continuam entre os usuários do Facebook mais ativos e isso está claro para múltiplas plataformas. O Facebook continua liderando em um ambiente em crescimento."



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