Laboratório brasileiro desenvolve teste de Covid-19 rápido e acessível

Desde que a pandemia de Covid-19 chegou ao Brasil, a falta de testes e seu preço elevado têm prejudicado o combate à doença no país

coronavírus | reprodução
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Desde que a pandemia de Covid-19 chegou ao Brasil, a falta de testes e seu preço elevado têm prejudicado o combate à doença no país. Agora, porém, o Grupo Fleury desenvolveu um novo exame, mais acessível e rápido que o tradicional RT-PCR, que pode resolver esse problema. Além de identificar se o paciente já pegou ou não o vírus, o teste deve conseguir, em breve, identificar se a pessoa está transmitindo a doença. A notícia está no site Olhar Digital.

Além da ausência dos testes, o Brasil possui outro grande obstáculo. O RNA, material genético do novo coronavírus, é uma molécula frágil, e não suporta longas viagens até um local onde o RT-PCR possa ser feito. Para poder ser examinada, uma amostra precisa ser mantida em gelo seco durante seu transporte.

Proteínas exclusivas

Pensando nisso, o grupo de pesquisadores, liderado pelo biólogo Valdemir Melechco Carvalho e pela bioquímica Karina Cardozo, se concentraram em três proteínas exclusivas do Sars-Cov-2. Para encontrá-las, a equipe utiliza um equipamento de espectrometria de massas, usado há dez anos para, entre outras coisas, identificas amostrar de drogas.

“A especificidade dessa tecnologia para detectar o novo coronavírus é de 100%”, garante o professor Celso Granato, diretor médico do Grupo Fleury. Apesar disso, o teste ainda tem baixa sensibilidade. Atualmente em 84%, a meta é que suba para 90%. “Por isso, o PCR continuará sendo usado em lugares onde ele é disponível”, explicou.

Proteômica dirigida

Apesar do nome complicado, a metodologia da proteômica dirigida é bastante simples. A amostra continua sendo colhida com os swabs, os famosos cotonetes, e armazenada por até cinco horas em uma solução de água e sais estéreis. “Se seguir viagem em um recipiente com gelo comum, então, esse tempo pode se multiplicar”, garantiu Granato.

Ao chegar no laboratório, que tem capacidade de processar até 1,5 mil testes por dia, a amostra passa por um processo chamado cromatografia, que separa as proteínas em várias porções. Depois, as três exclusivas são detectadas em um processo que leva cerca de quatro horas. O RT-PCR demora seis horas para chegar ao resultado.

Outra vantagem do novo exame é que o teste com RNA pode dar positivo mesmo que o paciente possua apenas resquícios do vírus, mesmo que não seja capaz de ser transmitido. “Já o teste por proteônica dá sinais de que poderá revelar se o vírus já perdeu sua capacidade de infectar”, destacou o professor Granato.



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