Metade das vítimas de infarto não chega viva ao hospital, diz entidade

Cardiologistas desaconselham famílias a levar suspeitos de infarto para o hospital

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De acordo com dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), 51% das pessoas que sofrem um infarto são vítimas de ataque fulminante - ou seja, não chegam vivos ao hospital. Por essa razão, a recomendação dos cardiologistas é que o socorro sempre seja acionado pelo telefone 192 em caso de suspeita de infarto. Os médicos não recomendam que o paciente tente se deslocar ao hospital em carro próprio, dirigindo ou levado por familiares.

As ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que podem ser acionadas pelo 192, são equipadas com desfibriladores capazes de agir em caso de parada cardíaca. A cada minuto que o coração do paciente para, a chance de sobrevida diminui em 10%, segundo os médicos.

O infarto agudo de miocárdio (IAM) é uma emergência que ocorre com o entupimento parcial ou total de uma artéria que leva sangue ao coração. Sem oxigênio, o músculo cardíaco começa a necrosar. A dor é intensa. "Alguns pacientes descrevem como a iminência da morte", conta o médico Marco Antonio Altman, que atende as emergências do Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas (SP).

Desde 1990, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças de coração matam mais do que qualquer outra em todo o planeta. A OMS alerta ainda para a maior incidência de casos em países menos desenvoldivos.

Em 2006, de acordo com dados do ministério da Saúde, foram cerca de 300 mil óbitos decorrentes de doenças vasculares no Brasil - que incluem o acidente vascular cerebral (AVC). Isso equivale a 30% das mortes ocorridas no país.

Apenas na cidade de Campinas, onde o Profissão Repórter acompanhou o atendimento de emergência às vítimas de ataques cardíacos, acontecem cerca de 30 chamados por semana para casos de infarto junto ao Samu. O município tem pouco mais de 1 milhão de habitantes.

O que fazer em caso de infarto?

Em caso de suspeita de infarto, os médicos recomendam que o socorro seja acionado imediatamente - ao invés de tentar encaminhar por conta própria o paciente ao hospital. Isso porque, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, metade das mortes acontece nas primeiras horas após o início dos sintomas.

Os sintomas mais comuns sentidos por pacientes que estão infartando são:

- Sudorese (suor em excesso)

- Sensação de falta de ar e alteração no ritmo cardíaco

- Lábios, mãos e pés podem se tornar ligeiramente azulados (cianóticos)

- Indivíduos idosos podem apresentar desorientação.

Fatores de risco

São fatores que podem aumentar o risco de infarto: colesterol alto, pressão alta (hipertensão), tabagismo, obesidade, diabetes, sedentarismo (falta de atividade física), dieta inadequada e histórico familiar. Ainda de acordo com os médicos, metade dos pacientes que sofrem um infarto nunca sentiu nada anteriormente.



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