Metade dos adolescentes deleta o registro de site que visita na web

A parcepção da maioria é a de que seus pais têm pouco conhecimeto sobre suas atividades online.

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A pesquisa Kids Online 2012, realizada pelo Centro de Estudos das Tecnologias de Informação e Cominicação (Cetic.br), com o objetivo de conhecer o uso do computador e da Internet entre crianças e adolescentes de 9 a 16 anos, revela dados preocupantes sobre a percepção de pais e filhos com relação à segurança online. Enquanto 71% dos pais e responsáveis acreditam que os filhoes usam a internet com segurança, apenas 38% dos filhos creem que seus pais sabem bem o eles fazem online. A maioria (52%) crê que seus pais conheçam "mais ou menos" ou "apenas um pouco" as atividades que realizam quando estão conectados. E metade deles deseja que o interesse dos pais pelo que faz online permaneça "igual ao que é hoje".

A percepção dos adolescentes sobre o desconhecimento dos pais a respeito do que fazem na internet pode estar relacionada a outros dois dados da pesquisa: metade dos adolescentes entre 11 e 16 anos (grande parte do universo de 1580 jovens pesquisados) revelou saber deletar o registro/histórico dos sites que visitou e 31% disse saber como mudar as preferências de filtros de navegação. Já metade dos pais verifica frequentemente o histórico de navegação do filho.

São dados que chamam a atenção, quando considerado o fato de que a maioria das crianças/adolescentes (47%) usa computadores de mesa ou laptops compartilhados com a família para acessar a internet. Só 30% o faz de computador próprio e 21% via celular. A maior parte desses computadores está em ambientes coletivos, como a escola (42%) ou na sala da casa (40%).

Segundo a pesquisa, a maioria dos pais (74%) tem o hábito de conversar com os filhos sobre o que eles fazem na Internet, mas apenas 35% dos pais fazem atividades junto com os filhos na Internet e 45% senta ao lado dos filhos para acompanhar as atividades online. Já 35% encoraja os filhos a explorarem e aprenderem coisas na internet sozinhos(as).

"O monitoramento é maior entre os pais de maior poder aquisitivo que são usuários da rede", afirma o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa. Só 47% dos pais usam a internet. Deles, 44% todos os dias. Embora os pais sejam importantes mediadores das crianças e adolescentes no uso da Internet, os resultados da pesquisa mostram que sua percepção dos riscos no uso da Internet é baixa.

O maior temor dos pais é o de que os filhos sejam vítimas de algum crime (61%) ou venham a manter contato com desconhecidos na internet (52%). De fato 23% dos jovens pesquisados já teve contato com desconhecidos na Internet, sendo que 5% deles afirmou ter encontrado pessoalmente alguém que conheceu na rede.

Entre os pais, 48% verifica o perfil do filho em redes sociais ou comunidades on-line como Orkut e Facebook, onde grande parte das crianças (86%) publica fotos em que mostra claramente o rosto, revela o sobrenome verdadeiro (69%) e chegam até a revelar endereço (13%) e telefone (12%). Entre os jovens pesquisados, 42% do universo de 9 a 10 anos têm o próprio perfil, proporção que alcança 83% na faixa de 15 a 16 anos. Entre os que possuem o próprio perfil, 42% são privados, configurado de forma que apenas os amigos consigam visualizá-lo. Outros 31% permitem que contatos dos seus amigos também possam visualizar seu perfil, ou seja, é parcialmente privado. Ainda, 25% possuem perfis públicos, que podem ser visualizado por qualquer pessoa. Apenas 2% desconhecem a configuração do perfil na rede social.

O Cetic.br é um departamento do NIC.br, braço executivo do Comitê Gestor da Internet, CGI.br. Apoiada pela Unesco e a Unicef, a realização da pesquisa Kids Online 2012 usou a metodologia internacional da pesquisa EU Kids Online, desenvolvida pela universidade Inglesa London School of Economics e já aplicada em mais de 25 países da Europa. No Brasil a pesquisa entrevistou, entre abril e julho deste ano, 1580 crianças/adolescentes entre 9 e 16 anos, de todas as regiões do país dediferentes classes sociais e os respectivos pais. Parte da pesquisa foi respondida por pais e filhos, juntos, e parte pela próprio adolescente (de 11 a 16 anos) de forma anônima.



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