Morte de Michael Jackson foi o dia mais triste da Internet

Eles disseram que esse “medidor de felicidade” mostrou que o dia da eleição norte-americana, em novembro do ano passado

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É possível dizer o quanto estamos felizes? Sim, de acordo com cientistas norte-americanos que inventaram uma maneira de medir a felicidade de milhões de blogueiros e descobriram que a morte de Michael Jackson foi um dos dias mais tristes, enquanto a eleição dos Estados Unidos foi o dia mais feliz em quatro anos.

Peter Dodds e Chris Danforth, um matemático e um cientista do Centro Avançado de Computação na Universidade de Vermont, criaram um "sensor" para monitorar 2,3 milhões de blogs e reunir frases que começassem com "eu sinto" ou "estou sentindo". Cada frase recebia, então, uma pontuação de felicidade desde um ponto até nove, dependendo de um sistema de pontos fixados a 1.034 palavras. Por exemplo, "vitorioso" marca 8,87 pontos, "paraíso" 8,72, e "suicídio", 1,25.

Eles disseram que esse "medidor de felicidade" mostrou que o dia da eleição norte-americana, em novembro do ano passado, foi o dia mais feliz em quatro anos com um pico na palavra "orgulhoso", enquanto o dia da morte do rei do pop foi o mais triste.

"A proliferação da assinatura pessoal on-line, como a dos blogs, nos dá a oportunidade de medir os níveis emocionais em tempo real", disseram em um artigo intitulado "Medindo a felicidade de expressões escritas em grande escala: músicas, blogs e presidentes".

O estudo dos cientistas, divulgado esta semana no Journal of Happiness Studies, envolveu a reunião de cerca de dez milhões de frases.

"Nosso método é apenas aplicável a textos de grande escala, como os que estão disponíveis na Internet. Qualquer frase solta não poderia mostrar muito. Há muita variabilidade em expressões individuais", disse Dodds.

Os cientistas disseram ainda que os autores dos blogs tendem a ser mais jovens e mais educados do que a média, e representam amplamente a população norte-americana.

Além disso, os autores também escrevem em um ambiente neutro, onde se sentem confortáveis, ao contrário de outras pesquisas de felicidade, em que os participantes são colocados no foco da atenção.

"Eles pensam que estão se comunicando com amigos, mas [desde que os blogs são públicos], estão lendo sobre os ombros dos outros", afirmou Danforth.

Os pesquisadores disseram que seus resultados também contradizem dados recentes da ciência social que sugere que as pessoas sentem basicamente o mesmo em todas as etapas de sua vida.

O novo método indica que os adolescentes jovens são mais infelizes com um uso desproporcional de palavras como "doente", "ódio", "estúpido", "triste", "deprimido", "entediado", "solitário", "louco" e "gordo". E então, as pessoas se sentem mais felizes até chegar a velhice, quando a felicidade diminui.

Mas os cientistas disseram que era impossível saber exatamente o que ocorre na cabeça das pessoas.

"Nosso estudo é uma exploração de dados", disse Danforth. "Não é sobre o desenvolvimento de uma teoria", acrescentou.



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