Teresina está no 86ª lugar no ranking de saneamento básico

Capital aparece com um percentual de 92,36% no quesito atendimento total de água.

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SIGEFREDO PACHECO | É um dos locais com deficiência. | Reprodução Jornal MN
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A capital do Piauí aparece na 86ª posição em um estudo de avaliação das condições gerais de saneamento básico. A pesquisa, conduzida e divulgada pelo instituto Trata Brasil, foi feita com as 100 maiores cidades do país, considerando fatores como indicadores de atendimento total de água, coleta de esgoto e até mesmo tarifas praticadas.

Teresina aparece com um percentual de 92,36% no quesito atendimento total de água, desempenho superior ao de cidades como São Luís-MA (83,41%) e Fortaleza-CE (87,10%), mas está muito atrás no que diz respeito ao atendimento total de esgoto: Enquanto a capital piauiense alcança apenas 15,21% nesse aspecto, Fortaleza e São Luís alcançam 48,30% e 45.71%, respectivamente.

Por outro lado, Teresina aparece com destaque na relação investimento/receita do sistema, ficando em terceiro lugar, atrás apenas das cidades de Ribeirão das Neves (MG) e Recife (PE).

Quando analisado quanto da receita do saneamento é revertido em investimento, os 100 municípios investiram em média 28% da receita. A maioria (60) não investiu nem 20% para ampliar seus serviços em 2010. Apenas oito municípios investiram acima de 80% na ampliação .

A capital também aparece na lista dos dez piores municípios para a coleta de esgoto, na posição de número 92º. No mesmo ranking estão cidades como Belém, Santarém e Ananindeua (PA), Joinville e Blumenau (SC) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

Apesar do bom desempenho no atendimento geral dos serviços de água, Teresina ainda amarga problemas como o do residencial Sigefredo Pacheco, onde muitas famílias sofrem com a constante falta d´"água.

Segundo Antônio Marcos, presidente da associação de moradores do local, há pelo menos cinco mil pessoas sofrendo com as constantes interrupções no abastecimento nos residenciais Sigefredo I e II, mas que há outros conjuntos na área do Vale do Gavião com o mesmo problema. "Com isso, creio que cerca de 15 mil pessoas estejam sendo afetadas", disse ele.

Ainda de acordo com o líder comunitário, a água no conjunto habitacional para de chegar às 09h, e só volta da madrugada - e ela não volta todos os dias.

"Isso obriga muita gente a acordar às quatro da manhã para coletar água em reservatórios. Ou seja, o sonho da casa própria é uma realidade, mas o problema da água continua a ser um pesadelo para aquelas pessoas", disse Marcos.

A moradora Rejane Matias é uma das afetadas. Mãe de três filhos, ela conta que acostumou-se a pegar ônibus para ir até a casa da mãe, no bairro Planalto Uruguai, simplesmente para tomar banho. "É a única alternativa que tenho".



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