Terreno acumula lixo e gera transtornos há 30 anos em Teresina

 Ponto irregular de descarte de lixo, na Avenida Raimundo Dorotéa, na região da Santa Maria da Codipi, existe há décadas e moradores sofrem com o problema.

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Revolta é o sentimento dos moradores da Avenida Raimundo Dorotéa, na região do Santa Maria da Codipi, em Teresina. Os residentes reclamam – e muito – de um terreno que tem causado transtornos. Segundo os moradores, o local serve como descarte irregular de entulho e lixo; são materiais de construção, animais mortos e outros inservíveis.

Próximo ao terreno, cerca de 80% dos residentes possuem mais de 50 anos. São idosos em sua maioria, com a saúde fragilizada. O aposentado Raimundo Araújo, 75 anos, tem um comércio bem em frente ao local, e segundo ele, a cada dia o mau cheiro fica pior.

"Esse terreno tem mais de 30 anos e são os próprios carroceiros que jogam bagulhos aí dentro, até alguns moradores também. Eu registrei dois carroceiros despejando entulhos com barro logo pela manhã. A fedentina é horrível, hoje mesmo jogaram vísceras de animais e só atraem muito urubus”, conta.

É encontrado um amontoado de lixo jogado a céu aberto, incomodando a população. O descarte do lixo e de outros materiais oferece criadouros ao mosquito Aedes aegypti. A reportagem do JMN esteve no local para verificar a denúncia recebida por um ouvinte da Rádio Jornal MN (90,3). O proprietário do terreno não foi encontrado.

Os comerciantes e outros populares também jogam dejetos no canteiro da avenida, sem a menor preocupação, como flagrou a equipe de reportagem. O lixo acumulado tem bloqueado parte da via e a passagem dos pedestres.

Uma moradora da Rua Maria Nunes Pereira, próxima ao terreno, afirmou que o dono da área não se preocupa com a situação dos moradores. O lixo, jogado em frente a sua residência, vem lhe causando problemas de saúde e prejuízos.

"Resido aqui há quase trinta anos e convivo com o mau cheiro, que já vem me adoecendo por ser alérgica. Utilizo máscara para poder trabalhar aqui em casa, mas o cheiro da podridão é muito forte. Já presenciei pessoas queimando animais e o cheiro daquela fumaça prejudica até mesmo quando a casa permanece fechada”, reclama.

Outro entrave que a moradora alega diz respeito à parte do telhado de sua casa. Ela diz que foi arrancado pelos urubus. “Eles sobem com os restos de animais na boca e ficam ‘bicando’ no telhado e vem destelhando minha casa diariamente, tanto que estou com ela cheia de goteiras”, disse.

Passível de multa 

O Código de Postura do Município, através da Lei Complementar n° 3.610/07, prevê que os terrenos devem ser conservados limpos, murados e com calçada construída. Caso não atenda as determinações, o dono será notificado e deverá regularizar a situação de acordo com prazo previsto pela municipalidade. Em caso de não cumprimento, a multa aplicada pode variar de R$ 500 a R$ 1.500

A população também pode contribuir com o trabalho de fiscalização, enviando sua denúncia ao aplicativo Colab, através dos números (86) 3215 7461 ou 3215 7462 ou ainda pessoalmente na sede da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU/Norte).



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