Testemunhas acusam neonazistas de Niterói de outras agressões

Eles foram detidos neste sábado (27), após espancarem um nordestino

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Testemunhas acusam o grupo neonazista detido em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, de outras agressões na cidade, além da que realizaram contra um nordestino, na manhã deste sábado (27). As informações são de um guarda municipal, como mostrou o RJTV.

"No momento em que detivemos eles, as pessoas os acusaram de outras situações de agressão", disse o guarda municipal Fábio Almeida. Cinco homens do grupo serão indiciados por uma série de crimes que, somados, são inafiançáveis, segundo a delegada adjunta da 77ª DP (Icaraí), Helen Sardenberg, onde o caso foi registrado.

Entre os crimes estão intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem; e fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou a gamada para fins de divulgação do nazismo.

No carro onde o grupo estava foi encontrado farto material, como panfletos, de propaganda nazista e facas. Entre os sete detidos está uma jovem, que seria apenas namorada de um dos integrantes do grupo e foi liberada, e um menor de idade, apreendido.

Um dos integrantes, identificado como Caio Souza Prado, disse que as facas levadas no carro eram para trabalho. "Eu trouxe a bolsa para mostrar na delegacia, que é uma bolsa de trabalho. São facas de batedor de molho, de cozinha. Não tem nada a ver com arma e nem nada disso", afirmou, sem querer comentar, em seguida, a suástica, símbolo nazista, que tem tatuado no peito.

Lesão corporal e formação de quadrilha

De acordo com a delegada, os presos Thiago Borges Pita, 28 anos, Carlos Luiz Bastos Neto, de 33, Caio Souza Prado, 23, Davi Ribeiro Morais, 39, e Philipe Ferreira Ferro Lima, 21, também vão responder lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores. Segundo a delegada, a junção de todos os crimes os torna inafiançáveis.

O grupo neonazista foi preso por guardas municipais, que foram chamados por pedestres quando viram o grupo indo em direção à vítima com facas e um taco de beisebol.

O crime ocorreu na Praça Araribóia, nas proximidades da estação das barcas, uma das regiões mais movimentadas do município fluminense. Uma multidão se formou em volta dos jovens para impedir que a agressão continuasse.

A delegada que registrou o caso, informou que os jovens vestiam camisas com inscrições de um grupo neonazista e tinham tatuagens com o símbolo da suástica. A vítima, que é do Rio Grande do Norte, segundo o registro policial, esteve na delegacia aparentemente sem lesões graves, segundo policiais.

"Só não espancaram a vítima por que era de dia. A população agiu rapidamente chamando a guarda municipal", disse a delegada.



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