THE: Empresa se recusa a gravar casamento homoafetivo e gera polêmica

Uma empresa do ramo de filmagem de casamentos e aniversários se recusou a prestar seus serviços a um casal de lésbicas de Teresina. O caso viralizou nas redes sociais no domingo (10) e as noivas receberam o apoio dos internautas.

Caso | Reprodução
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A assistente social Cindy Andrade e a correspondente bancária Ludmila Chaves buscavam serviços para eternizar o dia do casamento quando foram surpreendidas com uma declaração da marca Eu & Você Filmes. O casal pedia informações sobre os valores dos orçamentos por meio de um aplicativo de mensagens e logo foi informado a respeito da "restrição" ao público não heterossexual.

"Infelizmente, sem data, não disponibilizamos agenda. E não fazemos casamentos homoafetivos", foi resposta que surgiu no celular de Cindy durante a conversa com o proprietário da empresa.

Os prints foram compartilhados por mais de 13 mil pessoas em menos de 24h após a publicação no Twitter. Além das mensagens de apoio ao casal e acusações de homofobia contra a empresa, as noivas, que namoram há 10 anos, também receberam parcerias para celebrar e eternizar a união. Porém, a repercussão tem ameaçado as mulheres.

"Tivemos muitas repercussões, por hora, queremos esfriar pois estamos sendo afetadas no lado profissional", disse Cindy Andrade.

De acordo com o advogado membro da Comissão de Direitos do Consumidor da OAB/PI, José Augusto, a situação é um claro exemplo de crime de discriminação por orientação sexual ou por gênero. 

"Se a empresa deixa de atender um casal de gays ou de lésbicas, ela está discriminando. Se ela tem um alvará público para atendimento às pessoas e a Constituição garante direitos iguais a todos, negar por essas razões é crime no Brasil e deve ser revisto pela própria justiça", informou.

O advogado acrescenta que a justificativa da empresa é uma ação punível e que não é acatada pelo Código de Defesa do Consumidor. "É algo punível e nós temos a dizer que é lamentável que em pleno século XXI ainda verificarmos essas situações", disse.

José Augusto orienta que as vítimas acionem o meio jurídico pertinente ou uma advogada e advogado que possam ajudar a ingressar uma ação judicial de danos morais.

"Não podemos aceitar, de forma nenhuma, esse comportamento dessa empresa. Todo empreendimento tem normas, mas desse tipo fere a Constituição e fere a sociedade como um todo. A empresa pode até ter um alvará cassado pelo órgão público por estar discriminando", disse Jose Augusto

A Empresa Eu&Você Filmes desativou as redes sociais e não atendeu as ligações por telefone até a conclusão desta matéria.



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