THE: Zona Sul é a que mais sofre com calazar, diz FMS

Segundo o levantamento realizado pelo Centro de Zoonoses no ano passado, a zona Sul foi responsável pela grande predisposição ao calazar

Zona Sul é a que mais sofre com Calazar. | Reprodução
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O calazar é uma zoonose que acomete tanto o humano quanto cães e é transmitida pela picada do mosquito flebótomo infectado. A doença, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias parasitárias do mundo, tem deixado a população em estado de alerta em Teresina, sobretudo na zona Sul da cidade. No ano passado, o Centro de Zoonoses identificou 63 casos de leishmaniose em humanos, e desse total, 29, ou seja, quase a metade, foram localizados naquela região.

Segundo o levantamento realizado pelo Centro de Zoonoses no ano passado, a zona Sul foi responsável pela grande predisposição ao calazar, sendo classificada com risco intenso de transmissão da doença, quando o índice está maior que 4,4. No bairro Santo Antônio, onde registrou-se 16 casos nos últimos três anos, a média ficou em 5.3.

Os casos moderados, quando há índice menor que 4.4 e maior que 2.4, também tiveram a maioria identificados naquela região. Dos nove bairros que se encontraram nesta condição, cinco deles entraram para os índices moderados, todos eles com número acima de nove casos. São eles: Bela Vista, Lourival Parente, Cidade Nova, Angelim e Parque Piauí.

De acordo com o coordenador da equipe técnica do controle da leishmaniose do Centro de Zoonoses, Cícero Fontenele Lages, o procedimento para esses casos é a investigação e medidas de controle.

?Quando há transmissão intensa e moderada, a gente faz um inquérito sorológico canino nesses bairros e borrifação em um raio de 200 metros com inseticida para controle do flebótomo. Por conta disso, já apresentamos um resultado positivo este ano. Comparado com o ano passado, tem uma pequena redução no calazar humano. No calazar canino estou notando uma prevalência maior. Mas estamos monitorando todos os casos?, explica. No ano passado, os exames foram feitos em 13.255 animais, deste total, 5.389 foram positivos para a doença, cerca de 40% deles.

2012 já soma oito casos da doença

Os dados de 2012 são bem menores que os constatados no último levantamento, além disso, segundo o coordenador da equipe técnica do controle da leishimaniose do Centro de Zoonoses, Cícero Fontenele Lages, a região saiu do risco intenso para moderado.

Embora a região tenha saído da área de risco intenso, dos oito casos da doença em humanos detectados em Teresina, três foram detectados na zona Sul. A zona Leste também soma três casos, enquanto as zonas Sudeste e Norte obtiveram apenas um caso da doença.

O gerente de Zoonoses de Teresina, Elcio Leite, afirmou que uma das formas que pode contribuir para a redução dos números de calazar é a colocação de coleiras. Ainda em projeto que deverá ser desenvolvido, o encoleiramento de animais é uma forma de, através do repelente, afastar o mosquito transmissor da doença. ?O Ministério da Saúde está fazendo um encoleiramento. A intenção de coleira é transformar em um programa?, confirma.



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