Alvos de bomba adaptam rotina após seis meses do atentado: “Tudo fica difícil”

Thays e Guilherme contam como tentam se adaptar à nova rotina. Homem jogou explosivo dentro do carro onde casal de namorados estava.

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O casal Guilherme Almeida, de 20 anos, e Thays Mendes, de 19 anos, tenta se adaptar à nova rotina, seis meses após o atentado a bomba que comoveu o país, em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Apesar da boa recuperação, eles dizem que a vida não é mais a mesma. "É tudo mais difícil", relata a jovem.

Thays conta que tem se dedicado às sessões de fisioterapia, mas aponta a principal mudança: "Eu estudo em casa agora". Guilherme Almeida também passa por privações. "De dia, eu não saio muito. Tem que ser mais regrado, por causa do sol", afirma.

No dia 5 de janeiro, Guilherme e Thays foram vítimas de um atentado na Avenida Barão do Rio Branco, no centro de Anápolis. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que um ciclista esperava o sinal abrir para arremessar uma bomba de fabricação caseira dentro do carro do casal. Segundos depois, o artefato explodiu.

Cenas gravadas por um cinegrafista amador registraram o desespero dos jovens ao descer do veículo. Eles tiveram queimaduras pelo corpo de até terceiro grau e ficaram na calçada à espera do socorro.

Thays teve 42% do corpo queimados e Guilherme, 32%. Os dois ficaram internados na UTI do Hospital de Queimaduras de Anápolis por quase 30 dias.

Durante todo o tempo que eles estavam hospitalizados o que mais chamou a atenção e comoveu as pessoas era o cuidado que um tinha pelo outro, mesmo estando em leitos separados. Ainda mais unidos, o casal busca superar os obstáculos de cada dia.

Suspeito

Os dois jovens ainda esperam ser capazes de perdoar o agressor. Mas para eles, a prisão de Uingles Queiroz Costa, 31 anos, que também é suspeito de detonar bombas dentro de um ônibus coletivo em Goiânia, não garante que ele seja o mesmo autor do atentado em Anápolis.

Delegado responsável pelo caso, Éder Ferreira, concluiu o inquérito e indiciou Uingles, no fim de fevereiro. O suspeito assumiu o crime em Goiânia, mas negou ser o autor do ataque ao casal. Inclusive, não concordou em participar da reconstituição por negar a autoria do atentado.



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