Uespi anuncia medidas para reforçar segurança da universidade

Atualmente a segurança da Uespi é terceirizada

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Um novo plano de segurança foi apresentado ontem (7) pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para conter os recentes acontecimentos envolvendo a segurança de alunos e servidores do campus Poeta Torquato Neto. Dentre as medidas anunciadas está o aumento da segurança armada, dos porteiros e o reforço da Polícia Militar no entorno da instituição.

Em entrevista coletiva o pró-reitor de Administração da Uespi, Raimundo Isídio de Sousa, ressaltou o comprometimento com a segurança de todos os campi da instituição. Segundo ele, a Uespi conta com monitoramento diário de 22 seguranças armados, rádios comunicadores e um segurança motorizado que faz a cobertura de todos os pontos.

“Com o novo plano haverá o reforço à segurança em pontos estratégicos, estamos dialogando com os órgãos que dão segurança no Estado do Piauí para ajudar no policiamento externo, e a nossa segurança está fazendo a ronda interna. Também dentro do plano que estamos construindo teremos um fluxo de pessoas mais controlado, tanto na saída quanto na entrada”, explica.

Ao ser questionado sobre uma possível falha da segurança que já havia sido reforçada em abril, o pró-reitor afirmou que a Uespi está localizada em uma área de vulnerabilidade e que a universidade é o alvo da ação dessas pessoas.

“No universo de mais de 15 mil alunos, o Torquato Neto apresenta em torno de 5 mil alunos. No turno da noite temos 1.700 alunos, a quantidade de seguranças armados para esse número de alunos está dentro da proporcionalidade do sistema de segurança. Infelizmente, nós estamos em uma área de vulnerabilidade por pessoas que às vezes podem estar utilizando substâncias ilícitas, que terminam adentrando à universidade”, relata.

UESPI - Durante a coletiva de imprensa o pró-reitor de Administração da Uespi, Raimundo Isídio de Sousa, informou que foram feitas investigações sobre os assaltos dos dias 2, 3 e 5 de outubro. No entanto, somente o assalto da última sexta-feira (2) foi confirmado através dos estudantes que estavam na aula de Inglês.

“Neste ano só temos registro de dois casos, um sobre a ameaça de assalto na área de Comunicação Social cujo professor conseguiu abortar o assalto, e o outro mais recente dos alunos de Inglês. Nossa equipe de segurança fez averiguação e não encontrou as vítimas dos outros possíveis assaltos”, esclarece.

Membros da Uespi contestam medidas

Nem todos os estudantes e professores ficaram confiantes com o novo plano apresentado, muitos questionaram a eficácia dessas medidas, inclusive com o que já está sendo implantado, foi o que achou o estudante de Matemática Luiz Eduardo de Sousa. Para ele o aumento do efetivo é necessário, mas até ontem o jovem afirma ter visto poucos vigilantes, sobretudo à noite.

“O clima de insegurança ainda é muito grande aqui na Uespi, pois não temos essa percepção de que estarmos com seguranças suficientes dentro do campus. Nós estamos estranhando sobre o assalto do dia 5 de outubro, pois a nossa professora nos relatou que a colega dela viu quando os assaltantes entraram na Uespi, além das outras pessoas que fizeram os relatos nas redes sociais”, comenta.

O presidente da Associação dos Docentes do Ensino Superior da Uespi (Adcesp), Daniel Solon, afirma que a situação da violência é consequência da crise social em que o país se encontra. O Piauí e Teresina estão passando por problemas, por isso a universidade não está imune a esse tipo de violência. Entretanto, a única forma de oferecer uma real segurança aos estudantes e funcionários da instituição é o concurso público para a contratação de vigilantes.

“Atualmente a segurança da Uespi é terceirizada e esses profissionais não são treinados para lidar com estudante e sim para proteger o patrimônio. Os vigilantes que seriam contratados passariam por um treinamento especial para saberem lidar com atividades e movimentos estudantis”, informa o presidente.



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