Uespi desenvolve material para tratar lesões

A pesquisa foi desenvolvida através do Renorbio

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Pesquisadores | Divulgação
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Foi desenvolvido, na Universidade Estadual do Piauí, por pesquisadores vinculados ao Programa Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO), um biomaterial que pretende mudar realidades hospitalares. Este é mais um avanço para melhorar o tratamento de lesões cutâneas de forma mais eficaz e com menor custo, com um material que aproveita recursos regionais, sem efeitos adversos, de produção simplificada e de efeito comprovado.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), em Teresina, cerca de 30% das internações hospitalares são de pessoas que sofreram acidentes de trânsito. Com isso, a quantidade de doenças relacionadas a lesões cutâneas e corporais (doenças degenerativas, fraturas, neoplasias) tem crescido, e novas alternativas de reparo com biomateriais são viáveis para o melhor desenvolvimento da saúde pública e estudos ósseos.

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Os testes dos materiais à base de pólen apícola foram realizados nos laboratórios do GERATEC (CCN), enquanto que os testes “in vivo” foram conduzidos no laboratório de Biotecnologia e Biodiversidade (CCS), ambos da UESPI. A pesquisa de doutorado foi realizada por Afra Nascimento, orientada pelo professor Dr. Geraldo Luz, contando com a parceria de professores do Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia e Biodiversidade (UESPI).

“Ela teve como foco o desenvolvimento de um material natural, que acelerasse o processo de cicatrização e que não causasse alergia ou reação adversa. Aproveitando o potencial cicatrizante das substâncias biologicamente ativas presentes no pólen apícola e usando como base para a produção do biomaterial o colágeno hidrolisado, no qual foi incluído o extrato de pólen para ter efeito cicatrizante”, disse Afra Nascimento.

Executada em animais de experimentação, cujo uso foi autorizado pelo comitê de ética de uso animal da Universidade Estadual do Piauí, foi possível constatar com a pesquisa o efeito real do biomaterial desenvolvido, em que se observou um efeito superior ao grupo que passou por um tratamento comercial por igual período.

A etapa de estudos pré-clínicos está concluída, e os resultados incentivam o prosseguimento para estudos clínicos, uma vez que este biomaterial poderia auxiliar no tratamento de acidentados, queimados, entre outras pessoas afetadas por uma lesão de grande proporção, cujo tratamento é demorado e doloroso. 

“Cabe ressaltar que o biomaterial desenvolvido foi amplamente absorvido durante o período de experimentação, indicando que não seria necessária sua substituição durante o tratamento, significando mais conforto para o paciente”, disse Afra.



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