Única chance de vida de garoto é cirurgia de células-tronco de R$ 250 mil; mãe pede ajuda

Garoto se afogou e falta de oxigenação no cérebro deixou sequelas.

Mãe do garoto deixou de trabalhar para se dedicar ao filho após afogamento | Anna Gabriela Ribeiro/G1
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O que era para ser uma comemoração terminou em tragédia. Em dezembro de 2007, em uma festa de aniversário em Santos, no litoral de São Paulo, o pequeno Enzo, que na época tinha quase três anos de idade, caiu em uma piscina e se afogou. Após quase 30 minutos sem respirar, a criança sofreu uma parada respiratória. Agora, a família de Enzo luta para juntar o dinheiro necessário para que ele faça um transplante de células-tronco. O procedimento será realizado na China e, todo o processo custará mais de R$ 250 mil.

A mãe do Enzo, Cristina Carvalho de Feitas, relembra, ainda com lágrimas nos olhos, a aflição vivida naquele dia. ?Estávamos em uma festinha de aniversário de um colega do Enzo, quando ouvi um grito e vi o Enzo na piscina. A partir daí foi tudo uma correria. As pessoas ficaram em choque. Infelizmente não havia ninguém habilitado para fazer os primeiros socorros. Não chamaram o resgate e eu entrei em desespero. Peguei o meu filho no colo e saí correndo com ele para o meio da rua. Pedi aos carros que parassem e levei meu filho até o Pronto Socorro mais próximo, mas também não tive muita sorte porque não tinha médico, só enfermeiro e o auxiliar que não conseguiram reanimar o Enzo. Ele foi transferido para um hospital e isso demorou muito. Então o Enzo ficou mais de 30 minutos sem respirar?, relembra a mãe.

Enzo sofreu uma parada respiratória que causou falta de oxigenação no cérebro. Ele chegou a ficar internado quase um ano em uma UTI pediátrica antes de voltar para casa. ?Foram 244 dias de UTI. O Enzo é um milagre. Essa falta de oxigênio no cérebro causou lesões. O médico deu 1% de chance de vida se ele passasse de 72 horas. Eu disse que ele ia passar e que eu ia levar o meu filho pra casa?, conta Cristina.

Atualmente, Enzo, com sete anos de idade, vive com limitações. Ele não fala, não anda e se alimenta por sonda. Apesar das dificuldades, a família se mantém positiva. ?Tudo mudou muito. É como se você perdesse o chão, mas por outro lado você sente força. Claro que é muito difícil ver uma criança cheia de saúde em cima da uma cama, sem poder falar, sem poder andar, mas acho que a gente está aqui para aprender com o Enzo. Se ele luta desse jeito, quem sou eu para não lutar por ele??, diz a mãe.

Entre as tentativas de ajudar Enzo, a mãe do garoto chegou a engravidar logo após o acidente. ?Resolvi engravidar para guardar o sangue do meu cordão umbilical. Mandei tudo para o hospital, que me informou que para cada acidente era preciso uma quantidade de cordões. Entrei em desespero. Falaram que para o acidente dele precisaria de 40 cordões. Mas o hospital tem um banco de cordões, falaram para eu não me preocupar com isso?, diz.

O garoto tem assistência médica 24 horas por dia. São duas enfermeiras, fisioterapia três vezes por dia, fonoaudióloga, neurologista, nutricionista, oftalmologista e ortopedista. Mas, para melhorar a qualidade de vida, Enzo precisa de uma cirurgia de transplante de células-tronco. Depois de um ano de tentativa, a mãe Cristina conseguiu com que o garoto fosse aceito em um hospital na cidade de Zhejiang, na China. ?Conseguimos a cirurgia, mas ela custa U$ 35 mil. Precisamos também de um avião UTI por causa dos aparelhos. Algumas empresas alugam, mas são 40 horas de viagem. O custo é alto, cerca de R$ 200 mil?, afirma Cristina.

A família conta com a ajuda das pessoas para juntar o dinheiro necessário para cirurgia e transporte do garoto. No próxima sexta-feira (21), uma festa na quadra da escola de samba União Imperial vai doar todo o valor dos ingressos para a família do Enzo. Já no sábado (22), amigos e familiares farão um pedágio no canal com a rua Antônio Bento de Amorim (curvão), das 9h às 17h, com o objetivo de arrecadar quantias em dinheiro para ajudá-lo. Para a mãe de Enzo, a intenção é que eles viajem à China até 2013. ?Meu sonho é ver meu filho sorrindo. A gente já leva ele à praia, ao parque e sinto que ele está agradecendo. Não depende só de mim, mas vou continuar insistindo até o fim?, finaliza Cristina.



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