Unicef diz que cerca de 15 crianças já foram sequestradas em hospitais no Haiti

Fundo da ONU acredita que redes de tráfico se aproveitam da calamidade no país

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Crianças correm perigo com atual situação do país | R7
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O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) denunciou nesta sexta-feira (22) o rapto de pelo menos 15 crianças desacompanhadas em hospitais do Haiti.

Jean-Claude Legrand, assessor de proteção da infância do Unicef, afirmou em entrevista coletiva:

- Infelizmente constatamos o rapto de 15 crianças em diferentes hospitais do Haiti e suspeitamos de que foram sequestradas por redes de tráfico de pessoas por meio de Santo Domingo [capital da República Dominicana].

Ele disse que o fundo já constatou essa prática na época do tsunami, que deixou mais de 200 mil mortos em vários países da Ásia no dia 26 de dezembro de 2004.

- Estas redes se aproveitam das catástrofes naturais, da fraqueza do Estado e da falta de coordenação entre os diversos atores no terreno para sequestrar crianças e enviá-las para fora do país.

O país mais pobre das Américas foi arrasado no último dia 12 por um terremoto de 7 graus na escala Richter. O tremor foi o mais violento em 200 anos, e o governo disse já ter enterrado pelo menos 75 mil pessoas. O número de mortos, segundo diferentes estimativas, pode ficar entre 100 mil e 200 mil.

Enquanto a cifra de mortos não para de subir, aumentam também os relatos de crianças que ficaram órfãs por causa do tremor. Muitas delas são novas demais para saber o próprio sobrenome, o que dificulta sua identificação.

- O tráfico de crianças no Haiti já existia antes do terremoto. E, infelizmente, as redes que se dedicam a esta prática mantêm ligações com o mercado de adoção internacional.

Anteontem, dois bebês nasceram ao mesmo tempo em um hospital de campo da Cruz Vermelha na devastada capital haitiana, Porto Príncipe. Os partos ocorreram pouco depois do tremor de 5,9 graus na escala Richter registrada na quarta-feira (20) do terremoto que assolou o país, informou hoje a organização humanitária.

A Cruz Vermelha acrescentou que os dois bebês, um menino e uma menina, assim como as respectivas mães, estavam bem.



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