Veja dicas para fazer um bom negócio na venda do veículo

Visual, ar-condicionado e documento em dia valorizam o veículo

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Perder dinheiro na hora de revender um carro usado ou seminovo é certo, porque, a partir do momento que um veículo é retirado da loja, ele começa a perder valor. No entanto, de acordo com especialistas consultados pelo site, é possível diminuir essa desvalorização e fazer um bom negócio na venda do veículo. Entre os aspectos para os quais o atual dono deve ficar atento estão visual, higienização, documentação em dia, cor e nível de acessórios.

De forma geral, a principal recomendação dos especialistas em compra e venda de usados é pesquisar e negociar em mais de um lugar para, assim, conseguir o melhor negócio. A Fundação Procon-SP lembra que é importante conhecer o histórico do futuro comprador, seja pessoa física ou uma loja, e que, na conclusão do negócio, é importante exigir a transferência da documentação, a ser feita pelo novo proprietário, e comunicar a venda ao Detran.

Preço

Quem vai vender deve ficar atento ao tipo de carro que tem mais saída -um quesito que pode influenciar na escolha do modelo zero quilômetro, considerando as chances de passá-lo para frente futuramente. Segundo Maurício Daher, vendedor da loja multimarcas 13 Car, de São Paulo, os modelos acima de R$ 30 mil são os que mais desvalorizam e os populares são os que menos perdem valor na revenda, isto porque a procura é maior e eles ficam menos tempo nas lojas. Modelos de luxo e blindados são os mais desvalorizados.

O primeiro passo antes de vender é consultar os preços praticados no mercado, o que engloba a tabela Fipe, que considera ano/modelo, combustível e versões do carro, além de sites renomados de vendas. Porém, o preço nunca pode ser levado como regra. Diversas variantes podem determinar valores menores ou maiores aos da tabela na hora da revenda, de acordo com Daher.

?O que vai fazer a diferença é o estado do veículo, a quilometragem, de onde o carro vem. Um Fiesta 2009, por exemplo, com 14 mil quilômetros vale R$ 500 reais a mais do que está na tabela Fipe. Já um de 70 mil quilômetros está abaixo do preço da tabela?, explica o vendedor. Por esse motivo, Daher recomenda a pesquisa na web para ter uma ideia da média de valores praticada no momento.

Loja da mesma marca

Caso o consumidor opte por vender o veículo a uma concessionária, a recomendação do supervisor de vendas de seminovos da Volkswagen Discovel, Fábio Acácio dos Santos, é de que o negócio seja fechado com uma loja que represente a marca do carro. Assim, o valor obtido deverá ser maior: ?Se você vender o carro usado a uma loja da mesma marca, ele será mais valorizado, porque tem força na revenda?, afirma Santos.

Essa dica vale mais para carros acima de R$ 30 mil, porque os modelos abaixo desse valor são vendidos rapidamente nas concessionárias.

A hora certa de vender

Não existe uma idade para o carro desvalorizar, tudo vai depender das condições do mercado. No entanto, os dois primeiros anos são os mais críticos, porque o veículo perde em valor de 10% a 15% no primeiro ano e 10%, no segundo. Por isso, na ponta do lápis, não compensa vender o carro enquanto esse período não passar. No entanto, tudo vai depender do bolso de cada um. ?Tem gente que troca o carro de três em três meses?, afirma o vendedor da loja multimarcas.

A recomendação geral é trocar o carro assim que ele começa a dar grandes gastos com manutenção. Segundo Santos, normalmente isso acontece quando o automóvel tem entre 50 mil e 60 mil quilômetros rodados. ?É quando tem que trocar pneus, correia dentada etc. Essa revisão é mais cara. Se você vende o carro nesse período, o dinheiro que gastaria na revisão poderá usar para pagar o emplacamento e o licenciamento de um modelo novo?, diz.

Todo mundo quer carro mais completo, então faz diferença na revenda."

Maurício Daher, vendedor de multimarcas

Ar-condicionado valoriza o carro

A desvalorização também chega aos acessórios, no entanto, na conta final, eles agregam valor ao veículo. O item que mais faz diferença é o ar-condicionado, de acordo com os lojistas. ?É até uma questão de segurança, porque com o ar-condicionado o carro pode ficar com os vidros fechados?, destaca Santos.

Porém, Maurício Daher explica que a pessoa não deve contar com o valor que pagou no equipamento. ?Todo mundo quer carro mais completo, então faz diferença na revenda. Mas, se você paga R$ 3 mil no ar quando compra o zero, no usado ele vale R$ 1 mil?, esclarece.

Para não "encalhar"

Preço e cor influenciam diretamente se o carro vai encalhar ou não. Mas não existe fórmula para isso, dizem os especialistas. ?Em geral, o que você compra bem, vende bem. O pessoal hoje em dia está muito bem informado?, resume Daher. Por esse motivo, revisões em dia e documentação regular reduzem a probabilidade de o carro ficar estocado por muito tempo.

No caso da cor, o que vale é o modismo. Os carros mais procurados continuam a ser preto e prata. E, tirando os modelos esportivos, cores berrantes são as menos escolhidas. No entanto, o branco tem ganhado força nos últimos tempos, especialmente em modelos mais caros. ?No segmento de luxo, a procura por branco é enorme, porque virou moda. Se o mercado é propício, o carro colorido agrega valor?, pondera Fábio Acácio dos Santos, da Discovel.



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