Aladir Murta, o maior navegador do mundo, está em Amarante.

Aladir Murta, o maior navegador do mundo, está em Amarante.

Aladir Murta ao lado da presidente da Colônia | Foto: Denison Duarte
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Depois de superar limites, percorrendo todos os rios do Brasil, o navegador solitário, como é conhecido internacionalmente Aladir Murta, Ambientalista, presidente de uma ONG de proteção ambiental do rio Araguaia, completou seu percurso no rio Parnaíba como marca principal na história de suas navegações que completaram 10 anos, por ser o último rio a conhecer. Tudo começou no ano 2000 em Barra do Garças, Mato Grosso. Munido de utensílios que considera indispensáveis como barraca de acampamento, colete salva-vidas, mantimentos alimentícios, tímidos equipamentos de pesca e uma canoa, Aladir, 73 anos, viúvo e pai de sete filhos, maiores de idade, já navegou mais de 49.000 quilômetros, o equivalente a uma volta ao mundo, segundo a revista Náutica.

Em entrevista cedida ao portal Meio Norte em Amarante, com exclusividade, Aladir Murta, fala do seu amor pela natureza e conta, de forma resumida, a sua trajetória como navegador solitário: ?O homem é aquilo que seu pensamento transmite, ou seja, ele é aquilo que quer ser; já frequentei estádios de futebol, teatros, concertos com Luciano Pavarotti, shows com Agnaldo Rayol, visitei prédios arquitetados por Oscar Niemeyer, mas me encantei verdadeiramente pelo João de Barro, pelo canto do sabiá, do Chico Preto, do Curió e tudo isto é a maior orquestra que alguém pode ter gratuitamente; eu pensava que era inteligente e que era preparado, e hoje, o que sei é que nada sei; ser visto como o maior navegador do mundo chegou a mim de forma natural, mas isso não me dá o direito de ser melhor do que ninguém; se eu pudesse voltar no tempo, tentaria convencer a humanidade a fazer o que hoje faço para virem que a vida na natureza é muito mais saudável que na cidade; enfrentei muitos obstáculos nessas andanças: já fui assaltado 04 vezes, já naufraguei mais de 50 vezes e já superei 300 metros de cachoeira no rio Madeira em Guajará-Mirim (RO); desta forma, aprendi a enfrentar o perigo brincando, pois não vejo nenhuma diferença entre morrer num hospital de luxo e morrer na beira de um rio, que é a minha preferência. Denison, se eu morrer aqui na beira do rio Parnaíba, peço a você que não me leve para um cemitério, mas que encontre um lugar para mim aqui e me enterre à beira deste lindo rio; eu não fui buscar estes títulos e nem estes méritos atribuídos a mim; eu choro, eu sorrio, eu canto, eu tenho sentimentos, o que me faz igual a todos; aos 18 anos, fui campeão de tiros no exército, no entanto, tudo o que faço, o meu objetivo é me situar entre os primeiros colocados; já naveguei todos os rios do Brasil e uma coisa me deixou comovido: a falta de zelo dos governantes em relação à preservação da natureza; gostaria de lhe dizer que tive a sorte de encerrar a minha navegação no rio Parnaíba e, em Amarante, com este povo acolhedor?, conta Aladir Murta.

O povo de Amarante é fantástico, principalmente a presidente da Colônia dos pescadores, Socorro Sousa, a quem muito devo pela acolhida e pelo carinho. Estou maravilhado com a simpatia deste povo de muita humildade e muita simplicidade e quero, através desta entrevista, deixar minha gratidão a estas pessoas, encerra Aladir.

O navegador foi fonte de inspiração de Antoninho Rossini, Jornalista e Bacharel em Direito, dono de um estilo envolvente, que escreveu um livro em sua homenagem intitulado ?Além dos Rios - Aventura e espiritualidade de Aladir Murta, o navegador solitário? que detalha sua trajetória pelas águas correntes dos rios brasileiros. O primeiro encontro entre ambos se deu no rio Araguaia em Goiás e a aventura de Aladir foi alvo de reportagem no programa do Jô Soares na Rede Globo no dia 24 de junho de 2010.

A Revista Náutica, considerada a mais respeitada publicação do mundo do esporte náutico, no seu editorial, dedicou recentemente uma página para ressaltar a história do navegador solitário nomeando-o ?O incansável velho do rio?.

O navegador esteve em Teresina recentemente, mas em virtude do pouco tempo de que dispunha, não pôde conceder entrevista à imprensa que o procurou para publicar sua saga em jornais e TV?s, motivo pelo qual pede desculpas aos profissionais da imprensa da capital do Piauí.

Hoje pela manhã, Aladir esteve em reunião com os pescadores na colônia e detalhou o seu amor pela natureza e o porquê de ter se encantado com os lugares por onde andou, com o rio Parnaíba e principalmente com o povo amarantino, razão que o fez voltar depois de chegar ao seu destino, Parnaíba, no encontro com o mar.

FOTOS DA COLÔNIA DOS PESCADORES, HOJE PELA MANHÃ

ALADIR MURTA



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