CEFEP: sem certificados, alunos da instituição perdem oportunidades de emprego

Ex-alunos do Centro de Ensino Fundamental e Profissionalizante (CEFEP), de Amarante, vêm perdendo oportunidades de emprego no mercado de trabalho por não receberem os certificados de conclusão dos cursos da instituição, dentre eles, o de técnico em Enfermagem. Sem o diploma os alunos não conseguem o número no Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e, consequentemente, não obtêm oportunidades de contratações. Para tal fim, as declarações emitidas pela instituição não são aceitas.

Dezenas de alunos sentem-se lesados e questionam-se acerca da idoneidade do CEFEP no município. ?Paguei caro pelo curso da minha filha. No início, o depósito era feito em conta, depois, passei a pagar com boletos, que só chegavam após o vencimento com juros altos. E o certificado, cadê? Ela perdeu duas oportunidades de emprego em São Paulo. A gente nem sabe se essa escola é verdadeira!?, desabafa Lenilda Feitosa, mãe da ex-aluna Laildes Barbosa Feitosa, que espera há quase dois anos pelo diploma.

A instituição é coordenada pela enfermeira Luciana Noleto, do PSF de Amarante.

?A coordenadora já conhece os números dos nossos telefones e não nos atendem. Dissemos que íamos procurar a justiça porque o certificado é um direito nosso. Ela nos disse que não há justiça que nos assegure esse direito?, reclama Joana Batista, ex-aluna, do curso Técnico em Enfermagem.

A situação é semelhante para Daniela dos Santos Pacheco, Sulyanne Alves Siqueira, Laurita da Cruz Silva, Janiele Rodrigues, Francisca Borges da Conceição, Rochelly Campelo Vilarinho, Maria do Socorro Pachêco Miranda, Carmem Célia Gomes, entre outros alunos.

Procurada pelo portal Meio Norte, a coordenadora Luciana Noleto afirmou que a demora na certificação se deu porque a escola precisou ser reconhecida, o que levou tempo. ?Há também?, disse ela, ?pendências financeiras e de documentos.? ?Por outro lado, antes o aluno recebia o certificado e levava à Seduc para autenticação, hoje, a escola faz isso?, justifica.

Ao final da conversa, a coordenadora pediu que todos os que não receberam o certificado que procure à escola para que uma solução seja encontrada.