A saída do Padre Raimundo Nonato da Paróquia de São Gonçalo de Amarante é mais uma etapa de sua vida que assumirá nestes dias. Uma nova etapa, um desafio a enfrentar que é, na verdade, uma necessidade que a Igreja tem.
De certa forma não deixo de estar ansioso, preocupado e com muita saudade do povo desta cidade, isto porque Amarante é um lugar que eu amo muito e criei uma afeição muito forte por este lugar, até imagino o porquê de tudo isto: eu vejo em Amarante um povo bom, acolhedor, amigo, carente, prestativo e são adjetivos que não posso negar (Diz Pe. Raimundo Nonato).
O mesmo já esteve por 05 anos e meio nesta Paróquia e agora por mais 02 anos e meio somando portanto, 08 anos e durante este período não deixou de existir este laço que é muito forte com os paroquianos e tudo isto trouxe- lhe uma liberdade muito grande com o povo deste lugar. O seu estilo de lidar e viver com os paroquianos é muito próximo e isto criou muita saudades na hora de deixar esta terra e este povo tão amado por ele.
Expliquei, hoje na missa, que quando a Igreja chama nós temos que também saber atender as carências que a Igreja enfrenta (Ressalta Pe. Raimundo Nonato).
Talvez para os paroquianos tenha sido uma decisão tão repentina, tão rápida mas, já havia uma negociação de mais de dois meses. Agora, de certa forma, veio a revelar o que estava se dando de fato até mesmos pela preocupação de como os paroquianos iriam receber a notícia e isto preocupou-lhe muito até mesmo por considerar-se muito emotivo.
Eu não gosto de brincar com os sentimentos das pessoas e sei o quanto iriam todos ficar tristes com isso. Tudo isso me custou muito caro por estar sempre adiando a notícia até que chegou o momento e tive que encarar a novidade de frente (Diz Pe. Raimundo Nonato).
Ele diz ainda: Toda administração é difícil de conduzir e quem está à frente sabe dos problemas e dificuldades que tem que enfrentar. A Igreja quando toma esse procedimento, não quer dizer que ela esteja se precipitando, mas é preciso entender que também não é fácil para a Diocese. Normalmente pensa-se que o Bispo e o Conselho Diocesano fazem isso com toda a facilidade, mas não é bem assim. Eles pensam muito até mesmo porque cada Paróquia tem o seu jeito, seu estilo de ser e nem todos os “Padres” preenchem aqueles requisitos que algumas Paróquias necessitadas exigem. Por outro lado a Paróquia deve entender que a Igreja tem uma consciência missionária.
Quero deixar bem claro que não houve nada de descontentamento que estivesse ocasionando a minha saída, pois havia uma provisão de 06 anos que podia a qualquer tempo ser cessada em função da necessidade de outra Paróquia sendo que devemos (nós padres) estarmos abertos às propostas.
O Padre ainda diz que a real precisão da sua saída foi por uma necessidade em Teresina e que foi consultado e após o seu nome ser indicado acharam que ele preencheria os requisitos para lá.
Estou indo agora para a Paróquia São Paulo no Memorare na Zona Norte de Teresina e quem estará vindo à Paróquia de São Gonçalo são dois Diáconos: Raimundo Neto e Antônio Carlos que serão assessorados pelo Padre Rivaldo de Água Branca.
Abraços do Pe. Raimundo Nonato aos Paroquianos de Amarante.
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