Tiago Nogueira fala sobre as dificuldades do hospital municipal de Amarante

Tiago Nogueira fala sobre as dificuldades do hospital municipal de Amarante

Hospital, durante a reforma. | Foto: Denison Duarte
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Em conversa ontem, 05, com diretor do hospital municipal, Tiago Nogueira, o mesmo falou ao portal Meio Norte em Amarante sobre as dificuldades enfrentadas pela instituição.

CONFIRA:

DD - DENISON DUARTE

TN ? TIAGO NOGUEIRA

DD ? Qual é a carência do hospital municipal de Amarante em relação ao material de procedimento? A oposição diz que, durante os atendimentos, falta o essencial como luvas, algodão, etc. O que o você tem a dizer?

TN - Material falta mesmo! Tanto falta que é preciso repor. O que ocorre é que todo controle interno de instituições é passivo de falhas, portanto o nosso hospital não pode ser diferente; o nosso controle também falha. Normalmente pode haver falta de material de extrema necessidade num horário inconveniente. Por ex.: se quem tem o controle do material, verificar que faltou algodão às 23h00min, isso é uma falha e nós assumimos essa responsabilidade, afinal, somos responsáveis pelas atitudes desse controlador, mas isso é extremamente irrelevante, além de não acarretar prejuízos maiores à saúde do paciente.

DD ? E o receituário azul? O seu fornecimento é obrigatoriedade do hospital? A falta deste item é motivo de reclamações constantes, porque?

TN ? Seria muito bom se, quem fala, buscasse conhecer os procedimentos hospitalares. O hospital não tem obrigação de fornecer receituário azul para nenhum de seus pacientes. Essa cultura as pessoas têm: achar que temos que fornecer receituário azul. Esse dever é da Secretaria Municipal de Saúde que, inclusive, não o deixa faltar. Dentre outros procedimentos, acolhemos como nossa obrigação manter medicamentos controlados e também a preocupação em bem atender o paciente.

DD ? A reforma recente que o hospital recebeu não satisfez a alguns funcionários e algumas pessoas ainda se queixam da qualidade do serviço. Está concluída a reforma ou essa insatisfação se dá pelo inacabamento da obra?

TN - Foram investidos R$ 324.000,00, além de uma boa participação do município. Fizemos piso, teto, iluminação, reboco, pintura, banheiros, tudo está reformado. A reforma, no seu total, não está concluída, pois ainda há restos de material e equipamentos destinados ao lixo, isso incomoda e muito, tanto aos pacientes quanto aos funcionários. A limpeza fará parte de toda a estrutura depois de reformada, aí sim, os comentários podem e devem ser feitos.

DD ? A farmácia do hospital realmente possui medicamentos para atender a demanda do município?

TN ? Dispomos de todos os medicamentos que a nossa população precisa. Asseguro-lhe que o estoque que o hospital mantém, somado à boa vontade dos médicos e dos funcionários não acarretará problemas quando houver uma falta esporádica de algum medicamento.

DD ? Como está a relação entre as licitações e as finanças da instituição?

TN ? As licitações, a prefeitura detém o controle. Nós temos acesso e controle apenas às licitações de materiais de serviços utilizados pelo hospital. Os pequenos atrasos no pagamento de fornecedores não tem gerado constrangimentos para o município, isso eu asseguro. Mesmo assim temos recebido total atenção do prefeito Luiz Neto que tem feito repasse de recursos para o hospital no sentido de amenizar as dificuldades da instituição.

DD ? O que está definido concernente à municipalização do hospital?

TN ? Na última sexta-feira, 29, estive presente em Teresina com o prefeito Luiz Neto e 03 vereadores numa reunião com a secretária estadual de saúde, Lílian Martins, para definirmos esse assunto. A partir desse encontro, o hospital passou a ser definitivamente municipal, com gestão própria. Essa mudança é irreversível e não há quem desmanche a municipalização. Enquanto a decisão não acontecia, tínhamos receios em investir em melhorias por não sabermos se mais cedo ou mais tarde ainda teríamos o hospital sob nossa administração. Hoje esse receio não existe.

DD ? Porque dizem que os médicos estão ausentes durante os plantões no hospital?

TN ? o médico é um ser humano e também tem seus problemas e suas necessidades que, às vezes, o levam a se ausentar do trabalho. Muito me indignou certa vez que alguém disse que um médico não deveria dormir e sim tomar arrebite, isso é desumano! Pois não há quem resista um plantão de 24h sem suprir suas necessidades. Nossos médicos estão presentes sim e, se brincar, mais presentes que certos funcionários. O que ocorre é que sua presença é tão importante que qualquer 10 minutos que ele se ausentar já não tem a compreensão de certas pessoas.

DD ? Como estão as ambulâncias do hospital? Estão funcionando adequadamente?

TN ? Os veículos que servem ao hospital são obsoletos. A ambulância oficial encontra-se muito tempo em Teresina para manutenção, tarefa essa assumida pelo estado. Como o serviço não é bom, toda semana ela está nas oficinas por conta da garantia do serviço. Além dessa, temos outras duas que funcionam precariamente. Para sanar parte dessa dificuldade o prefeito quer adquirir uma nova ambulância para o município.



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