Conservação do Centro Histórico e Casarões de Campo Maior é discutido em palestra

Conservação do Centro Histórico e Casarões de Campo Maior é discutido em palestra

Olavo Pereira premiado pelo IPHAN | João de Deus
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O premiado e militante cultural Campomaiorense, Olavo Pereira da Silva, palestrou no sábado, 14, para um grupo de pessoas, autoridades e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no centro paroquial católico sobre o patrimônio histórico de Campo Maior. Ao iniciar o evento o consagrado arquiteto falou sobre a terrível concepção positivista de progresso que é ?deixar o povo sem diversidades referências, prevalecendo um elitismo restringente e que procura destruir tudo que seja ?velho? para dar lugar ao novo?. O positivismo é a mesma doutrina que impôs seu Lema (Ordem e Progresso) na bandeira nacional, fato ainda muito criticado, devido o símbolo nacional simbolizar todas as diversidades, assim não cabendo lema de uma única doutrina, para o estudioso ?Cidades são pessoas, casas são livros?.

O arquiteto argumentou fazendo crítica aos poetas que muito louvam aspectos discursistas como a Batalha do Jenipapo e açude, mas que poucos evidenciam o patrimônio histórico cultural edificado em suas poesias. Para ele ?é preciso também fazer os tombamentos poéticos das construções existentes ou já demolidas, a ferrovia, ruas praças, e edificações outras?. O arquiteto especialista em urbanismo cultural disse ainda que é equivocada a lei municipal que manda preservar apenas as fachadas e com mais de 80 anos: ?É como se o que construímos agora não detalhasse a época e o que adianta preservar só a fachada? Como ficariam essas construções sem a riqueza interna? Ficaríamos sem a essência de um tempo , moldados com suas diversidades. Isso invalida o discurso ou intenção de preservar? , sustentou Olavo, que é marido da atual superintendente do IPHAN-PI.

No evento cultural o presidente da ACALE, João Alves, resumiu dizendo que ?O município precisará dar apoio logístico às ações de preservação. Para que Campo Maior também seja a Campo maior da recuperação e respeito ao patrimônio histórico?.disse o acadêmico

Ao finalizar o evento tribunou o prefeito Paulo Martins, cita o fato de um fazendeiro de Campo Maior, José Luis Paz, está investido na cultura de criação de gado ?Pé-duro? para não deixar que a raça seja extinta e permaneça como patrimônio histórico e biológico da região. O gestor falou ainda que os 250 anos de Campo Maior ?O fato que de estarmos celebrando nossos 250 anos, mais que nos credencia para assuntos e necessidades de preservação?, finalizou Paulo Martins.

A palestra foi organizada pela Academia Campomaiorense de Artes e Letras - ACALE, com apoio de lojas maçônicas, Lions Clube e Sol Clube e contou com a participação do ativista cultural, Joca Oeiras.

Texto: Ascom da ACALE Fotos: Otávio Neto



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