Estiagem causa seca no Rio Longá e muda paisagem da vegetação em Caxingó

O rio Longá, um dos principais rios da região norte do estado está com um dos seus níveis mais baixos nos últimos 10 anos. O rio que passa a 1,5 km da cidade costuma atingir seu nível máximo em março e abril com o período de inverno, a partir de quando começa sua vazante. A distribuição irregular e a menor quantidade de chuvas no ano passado é uma das causas para a baixa no rio. As frequentes queimadas ao longo de suas margens também é uma das causadoras do cenário que não era visto há muito tempo pelos caxingoenses.

Foram detectados indícios de queimadas quem avançam sobre as margens do rio provocando a morte dos animais que vivem e se alimentam naquela região. A mata ciliar que acompanha o rio desde a sua nascente está sendo destruída gradativamente pelo homem para fazer pastagem e cultura agrícola. Se o nível do rio baixar nos próximos meses pode afetar o abastecimento d´gua que é canalizado do rio. Faz se necessário neste longo período de estiagem a conscientização da população para evitar o desperdício.

A vegetação situada nos arredores do rio também sofre com a seca. A vegetação predominantemente na região é a caatinga, vegetação esta adaptada à escassez de água. As arvores que ainda permanecem verdes neste período são o mandacaru e a carnaúba. Isso de dá por conta da enorme capacidade que estas árvores tem de armazenar água no caule ou nas raízes. Outras arvores perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com a mesma finalidade, poupar água para os momentos de seca.

O clima na região está cada dia mais quente, chegando à marcar à máxima de 39° em Caxingó. O clima predominante na região assim como no nordeste é o semiárido. Para muitos o clima da cidade é considerado o mesmo clima do deserto, uma vez que durante o dia as temperaturas ficam elevadas e durante a noite pode baixar para a mínima de 21°. Com o aumento das queimadas as temperaturas as margens do rio tendem á aumentar. Cabe um trabalho de conscientização no sentido de preservar a nossa mata ciliar, e consequentemente nosso rio Longá que alimenta e mata a sede de muitas famílias.

Por Gil Rodrigues

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