Polícia Civil de Elesbão Veloso prende grupo que recrutava mendigos para vender droga em todo o Estado

Polícia Civil de Elesbão Veloso prende grupo que recrutava mendigos para vender droga em todo o Estado

Delegado Odilo Sena | Google
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A Polícia Civil de Elesbão Veloso (160 km de Teresina) indiciou nove pessoas por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo e munição. Segundo a polícia, o líder do grupo, Alessandro Bezerra de Carvalho, mais conhecido como "Baixinho", recrutava mendigos de Teresina para sustentarem o tráfico no interior.

"Ele viajava para a capital, pegava moradores de rua e trazia para Elesbão Veloso. Aqui, ele viciava essas pessoas em drogas e as tornavam soldados do tráfico. Essas pessoas acabavam vendendo droga em troca de pedras para consumo próprio", explicou o delegado Odilo Sena, presidente do inquérito.

"Baixinho" também responde pelo homicídio e ocultação de cadáver de um viciado em drogas cujo corpo foi encontrado no dia 17 de julho deste ano. "Ele atirou no rapaz e depois o colocou em um canto, dentro de uma boca de fumo. Ninguém percebeu que havia um cadáver ali. Depois que o local fechou, ele obrigou os comparsas a ajudarem na ocultação do corpo", acrescentou Sena. O cadáver foi encontrado a 5 km da entrada da cidade, sem olhos e sem língua.

De acordo com a polícia, com a organização do tráfico, o grupo movimentava de R$ 20 a 25 mil por mês e provocou notável aumento no número de crimes em Elesbão Veloso, especialmente no que diz respeito a roubos e assaltos.

Os presos

O delegado Odilo Sena explicou a logística do grupo através da função que cada acusado exercia. A lista abaixo contém a relação de pessoas que já foram presas.

- Alessandro Bezerra de Carvalho, o "Baixinho", 22 anos, é o líder da quadrilha. Recrutava mendigos para sustentar o tráfico, é acusado de homicídio e considerado "perverso e cruel".

- José Orlando Nunes de Oliveira, o Mulica, era o braço direito do líder. Ajudava na organização e estava presente no momento do homicídio na boca de fumo.

- Leonardo Filipe Campelo da Silva, 21 anos, ajudou o líder a ocultar o corpo após a execução. Segundo a polícia, ele não agiu por vontade própria, mas sob a mira de uma arma de fogo.

- Joelson Assunção Sousa da Silva, mais conhecido como Sherek, 24 anos, foi levado de Teresina para Elesbão Veloso e se tornou soldado do tráfico.

- Olavo Pereira de Sousa, 34 anos, também responde por homicídio e também foi levado de Teresina para Elesbão para ajudar no tráfico de drogas.

- José Wellington Soares da Silva, 21 anos, é acusado de transportar a droga em troca de pedras para consumo próprio.

- Francisco Luciélcio de Sousa Dantas, 19 anos, mais conhecido como "Nego da Forosa", seria o distribuidor. Usava uma moto para entregar a droga e faturava em média R$ 200,00 fora participação nas venda.

- José Horlando Nunes de Oliveira, 35 anos, é acusado de vender drogas no varejo. Também era viciado em entorpecentes.

O delegado já solicitou a prisão de mais duas pessoas. Há informações de que uma delas já conseguiu fugir para o Estado de São Paulo.

Plano para matar o delegado

Odilo Sena destacou ainda que quando os presos ainda estavam na delegacia de Elesbão Veloso a polícia descobriu um plano para resgatar o líder e o restante do bando. A ação incluía a morte do próprio delegado, da promotora e do juiz do município.

"Alessandro tentou arquitetar a invasão da delegacia para todos serem libertados. Era tudo muito bem planejado e três pessoas seriam mortas. Por causa disso, comuniquei o fato à Delegacia Geral e transferimos três deles para Teresina: Alessandro, Joelson e Olavo".

Dos nove presos, apenas José Wellington foi solto. "Entendemos que os crimes dele eram cometidos sob ameaças dos demais do grupo", explicou o delegado.

Os demais presos foram encaminhados para presídios em Valença e São Raimundo Nonato.



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