Assunção Aguiar debateu sobre lei que implanta a história dos afrobrasileiros no curriculo escolar

Assunção Aguiar, coordenadora do grupo afrocultural Coisa de Nêgo, de Teresina proferiu palestra no Primeiro Seminário sobre a juventude de Oeiras. A palestra com Assunção Aguiar aconteceu na Câmara Municipal de Oeiras e teve como temática ?Raça e Etnia?.

Muitos estudantes, professores e integrantes de movimentos negros de algumas cidades do Piauí interagiram com Assunção Aguiar sobre as vertentes das políticas para negro que são direcionadas pelos governos. O tema cotas nas universidades e a implantação da lei 10.639 tomaram conta da maior parte dos debates.

Ela afirmou que o movimento negro tem como pontos específicos sua luta, a reivindicação e avanços nas políticas públicas para os negros. Segundo ela, a saúde da população negra está muita aquém do desejado; a discriminação ainda é muito grande por causa da raça e as pessoas ainda vinculam negritude com analfabetismo.

Segundo Assunção Aguiar, o movimento negro está lutando pela implementação da Lei 10.639 que prevê a implantação no currículo escolar da história da África e dos afrobrasileiros. ?Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade?; disse.

Assunção disse que o objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram (contribuem) para a formação da identidade cultural brasileira.