Prefeita diz que situação hídrica deve ser pensada a médio e longo prazo

Durante audiência pública promovida nesta segunda-feira (18) pela Câmara de Vereadores, autoridades locais e representantes de órgãos municipais, estaduais e federais discutiram a situação hídrica do município, especificamente dos rios, olhos d'água e do principal manancial de abastecimento de Pedro II, o açude Joana.

Segundo Romildo Mafra, superintendente de recursos hídricos da Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), de posse de um relatório elaborado ano passado, o órgão deverá intensificar fiscalização visando identificar possíveis danos ao leito do rio Corrente, principal afluente que deságua no açude Joana.

Já o engenheiro Francisco Edward Frota Mont'Alverne, da Agespisa, reconheceu que o volume de água do açude Joana é baixo, mas garantiu que ainda não é motivo para um provável racionamento. Ele também afirmou que poços desativados pela empresa poderão ser reativados para suprir uma eventual falta d'água.

Darlan Pereira Vilanova, representante do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), alertou que o manancial encontra-se atualmente com apenas 38% da sua capacidade, que é de 10,6 milhões de m³. Ele também mostrou preocupação com a qualidade da água do açude.

A prefeita Neuma Café afirmou que sua gestão concentrará esforços para buscar as devidas soluções. "Devemos planejar uma gestão hídrica para médio e longo prazo. A reativação de poços pode ser uma saída emergencial, como a construção de um novo açude pode sanar os problemas, mas precisamos consumir essa água que temos de forma racional, preservando os mananciais, reflorestando as matas ciliares e pensando no futuro", ponderou.

Os deputados Aluísio Martins e Wilson Brandão também marcaram presença na audiência pública e se colocaram à disposição para colaborar no aprofundamento das discussões em torno do assunto.

Também participaram do evento os geólogos Érico Gomes, da Fundação Grande Pedro II, e Judy Camilo, do Instituto Federal do Piauí (IFPI). Em um dos momentos da audiência, populares e estudantes tiveram a oportunidade de fazer questionamentos e perguntas sobre o tema.

Entre as propostas tiradas da audiência, destacam-se a ideia da reativação de poços antigos da Agespisa, a preservação dos olhos d'água e das matas ciliares dos rios que cortam o município e a construção de um novo açude que possa atender toda a população pedrossegundense. Ao final foi formada uma comissão composta pelos órgãos presentes para discutir um plano de ação.

A audiência pública foi uma proposta pelo vereador Chico Osmar.

Fonte: Secretaria de Comunicação