Assentados podem renegociar dívidas fundiárias

O secretário afirmou que a resolução 4.029 é uma conquista dos trabalhadores rurais, porém, ressalta que o governo federal tem que dar condição para os agricultores produzirem.

Representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (Fetag-PI), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Banco do Nordeste se reuniram com moradores de Assentamentos da região de Picos para discutirem a implantação da resolução 4.029, aprovada em novembro de 2011. De acordo com a resolução, os assentados pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário que possuem pendências financeiras podem renegociar suas dividas e pagá-las em até dez anos.

Segundo o secretário de políticas agrícolas da Fetag, Paulo Carvalho, os moradores do semiárido beneficiados com a medida terão bônus de 40% na quitação do débito. O secretário destaca ainda que os assentados que estiverem com até seis parcelas vencidas pagam apenas 20% sobre o valor da última parcela, que venceu antes do prazo de publicação da resolução.

Paulo Carvalho disse que o interessado no benefício deve procurar a agência do Banco do Nordeste até o dia 28 de março de 2013 para formalizar o pedido de renegociação junto à financeira. Ele lembra que a primeira data limite era 30 setembro, mas como a maioria dos endividados não procurou uma agência do Banco para requerer o parcelamento esse prazo foi adiado para 28 de março de 2013.

O secretário afirmou que a resolução 4.029 é uma conquista dos trabalhadores rurais, porém, ressalta que o governo federal tem que dar condição para os agricultores produzirem e, com o lucro de produção, quitarem seus débitos.

Em relação às reivindicações para a convivência com o semiárido, Paulo carvalho informou que a Fetag cobra dos poderes constituídos políticas públicas para o homem do campo enfrentar a seca sem grandes prejuízos, no entanto, essas reivindicações não são atendidas efetivamente. ?Reivindicamos dos governos Federal, Estadual e Municipal medidas como: construção de adutoras, de barragens e equipamentos de poços para amenizarem o sofrimento de tantos homens e mulheres que presenciam seus animais morrerem de fome e de sede. Infelizmente, o que vemos é falta de interesse em executar essas ações simples e eficientes. Falta vontade política?, enfatiza o secretário.

Durante o encontro, que aconteceu no Sindicato dos trabalhadores Rurais, no último dia 13, o representante da Fetag disse que o órgão oficializou ao governo do estado o pedido de sementes de milho e feijão para 250 mil os agricultores, além de mudas de caju e mandioca.

fonte: Portal o Povo

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