Luz para Todos traz oportunidades para o homem do campo

Luz para Todos traz oportunidades para o homem do campo

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Programa Luz para Todos lançado em novembro de 2003 pelo Governo Federal, tem como objetivo acabar com a exclusão elétrica no País por meio de recursos provenientes de fundos setoriais de energia - a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR). Demais investimentos são divididos entre os governos estaduais e as empresas distribuidoras de energia elétrica. Já são mais de 14 milhões de pessoas beneficiadas em todo o Brasil.

Com a eletrificação das zonas rurais, os trabalhadores da roça têm agora a oportunidade de usufruir benefícios que antes só tinham acesso quando iam às compras na cidade ou quando viajavam para outros estados. Em São Lourenço do Piauí, a população da zona rural começa a experimentar as novidades e oportunidades que o serviço oferece. Geladeiras, televisões coloridas e outros utensílios domésticos que precisam da energia elétrica para funcionar já são vistos em muitas residências em plena caatinga que há 18 meses não chove.

Tomar água gelada, assistir a TV e ainda poder investir na comercialização de produtos como bebidas e outros derivados, dão uma nova esperança para os agricultores que veem com grande preocupação a seca assolar e castigar a região. Em São Lourenço a maioria da população já foi contemplada com o Luz para Todos e os trabalhadores continuam empenhados em atender a todos de acordo com as definições e prioridades do programa. Prometem que até o dia 20 de outubro comunidades como Poço de Cima, Lagoa das Pedras, Capoeiras e Cisqueiro, sejam beneficiadas com a rede elétrica.

Oportunidades para o comércio e o risco do endividamento

Com a energia elétrica chegando ao homem do campo à venda de produtos eletrodomésticos na cidade de São Raimundo Nonato (Centro comercial da região sudeste do Piauí) teve um aquecimento considerável e como ainda há moradores do interior que esperam pela concretização dos trabalhos de eletrificação, estima se que muitas compras serão efetuadas até o final do ano. Para muitos o natal já chegou na região e este ano poderão aproveitar para fazer uma festa mais requintada como fazem os moradores da cidade.

Ao mesmo tempo em que aumentam as vendas, corre o risco paralelo do endividamento dos novos usuários de bens industrializados. O comércio vem oferecendo promoções e facilidades que permitem a compra imediata. Os que compram a vista conseguem bons descontos. Já aqueles que compram a prazo os encargos aumentam e o tempo para pagar se estende por um longo período.

A maior parte dos moradores da zona rural são beneficiários de programas sociais, outros de aposentadorias. Mas em todos há a certeza de que honrarão seus compromissos e não ficarão sem desfrutar da novidade que chega para facilitar a vida árdua no campo.

Mesmo com essa revolução chegando para facilitar, os pais de família que não possuem renda fixa na região, partem em direção a região Centro Oeste, Sudeste e Sul do País em busca do sustento para os que ficam em casa. Na região poucos são os que conseguem um trabalho que garanta a manutenção do lar.

Além da seca que castiga a todos, há ainda os gastos com a compra de rações para os animais de subsistência como cabras, ovelhas e bovinos, fator que pesa no orçamento do agricultor. Para alimentar cerca de 50 caprinos ou ovinos mensalmente, são necessários a compra de 6 sacos de resíduos de 60 quilos. Saindo cada saco pelo valor de R$ 53. Uma saca de milho de 60 kg é adquirida pelo valor de R$ 43. O criador de bovinos que precise alimentar 50 cabeças, terá de comprar cerca de 50 sacos por mês de resíduo para manter o gado, tendo que desembolsar uma quantia de R$ 2.650 todos os meses.

Muitos dos criadores vendem parte dos animais para manter o restante vivo e alimentado. Os aposentados que recebem um salário mínimo e que além da família possuem criações para manter, pouco lhe sobram, e estes preferem cuidar de um rebanho menor. Aqueles que dependem de remédios precisam fazer milagres, e quando o dinheiro não permite, penduram no caderno, o famoso comprar fiado.

Se não bastasse a compra de alimentos para os animais, estes que os servem nas horas mais apertadas, há ainda um bem mais precioso e útil tanto para o homem quanto para as crias - a água potável, produto que é uma raridade em meio à seca. Em São Lourenço poucos poços foram perfurados, e os que foram conseguidos por meio de cooperações não são mantidos adequadamente. No povoado Mundo Novo há um poço, mas falta equipamento para atender com mais precisão a população local. Moradores esperam que o poder público municipal cumpra com o seu dever.

A água para muitos tem custado caro, R$ 300 é o preço de um carro pipa com 10 mil litros para abastecer uma residência no município. Embora a Defesa Civil faça mensalmente a distribuição de fichas e atenda os domicílios, a demanda é muito grande pelo liquido.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES