Táticas e manobras para conquistar eleitores e neutralizar concorrentes são intensificadas

Táticas e manobras para conquistar eleitores e neutralizar concorrentes são intensificadas

Eleitor e político | Google Imagens
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Às vésperas da eleição municipal em todo o Brasil, exceto o Distrito Federal, encurta o tempo de divulgação de material propagandicio e aparições de políticos em campanhas pela consolidação do voto. Na fase decisiva do processo eleitoreiro, os candidatos já visitaram praticamente todas as residências, divulgaram material de campanha, e agora se preparam para dá os ajustes finais até o dia 4 de outubro, quando se encerram os prazos para a divulgação de propagandas, manifestações públicas e realização de comícios.

Atentos aos prazos estabelecidos pela justiça eleitoral, candidatos e simpatizantes fazem uso dos meios possíveis para difundir propostas de campanha e divulgar manobras que varia do super ego, exibição de imagens inadequadas a ofensas. Nas redes sociais como o Facebook, mais aparece o apoiador dos candidatos, do que eles próprios, que também podem divulgar em seus perfis sua campanha eleitoral e propostas ou mesmo interagir com os internautas.

A legislação eleitoral liberou a utilização das redes sociais, mas poucos candidatos têm feito uso dos meios para pedir voto ou mesmo para postar uma foto de campanha.

Por meio do Facebook, eleitores veem apresentando seus candidatos, suas atuações onde contam tudo o que acreditam ser necessário para convencer os amigos da rede a aceitarem ou curtirem tais manifestações. Embora haja muito material de caráter legal, existem muitas informações que ao invés de favorecer, poder incorrer em confusão ou desânimo por parte de quem o lê. Há comentários longos e inadequados. Comparações pouco fundamentadas e elogios exagerados são alguns dos motivos de antipatia para quem lê perfis de amigos envolvidos na política partidária, ou ainda, aqueles que possuem parentes concorrendo uma vaga no legislativo ou executivo dos municípios.

Segundo o consultor de marketing, Gabriel Rossi, em grande parte do País, a Internet vai influenciar no lado negativo. O novo eleitor não acredita tanto nas instituições, ele confia nos amigos e quer ser surpreendido, mas 99% dos candidatos não prestam atenção no público, só na tecnologia. E que a Internet tende a se tornar uma continuação da propaganda eleitoral gratuita.

Mais do mesmo

Cidade pequena do interior do Brasil como São Lourenço do Piauí, a rede social Facebook, teve uma crescente divulgação de publicações que demonstram características tipicamente amadoras e apelativas, postadas por parentes e simpatizantes dos candidatos a prefeito e vereadores. As manifestações não contemplam a maioria dos lourencianos, pois poucas pessoas têm acesso a Internet no município e tais informações não surtem um efeito o quanto seria em uma sociedade beneficiada pela tecnologia. As informações contidas nas redes sociais são mais vistas por eleitores que moram fora do estado, e estes possuem autonomia para não participar do que seria um ato democrático ? a eleição.

É comum a postagem no Facebook que utiliza vertentes cômicas, imagens de crianças, animais e pessoas pouco instruídas mostradas como viés do jogo, ornamentadas com slogans das campanhas e números dos candidatos. Preconizam dizeres e jargões bastante utilizados em campanhas eleitorais e poluem o espaço virtual de forma irresponsável, longe do conceito de cidadania e legalidade, embora seja democrático por ser uma área livre e autônoma.

Em São Lourenço do Piauí, os candidatos que concorrem ao executivo, pertencem à mesma seara política que há anos está à frente do município. Dalmiran Castro do PTB, e Biraci Damasceno do PSD apresentam características comuns, e submeterão a um cadafalso público em que os eleitores terão de optar pelo que mais demonstrou em campanha e na vida pública, propriedade para administrar a máquina municipal. O primeiro é fiel do prefeito, tido como o braço direito; o segundo é vice-prefeito, e desfez a aliança ao discordar do chefe executivo.

Durante a campanha muitas propostas foram apresentadas pelos candidatos, embora algumas sejam insuficientes ou desprovidas de compromisso a serem executadas. Para os especialista é comum nas campanhas eleitorais promessas serem proferidas sem serem mensuradas o grau de competência que exige para serem desenvolvidas.

Para o sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UNB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB), Vicente Faleiros, as propostas de campanha são pouco surtidas de compromissos. ?As promessas fazem parte da ilusão da eleição. Não há eleição sem ilusão. Que nós vamos melhorar isso, melhorar aquilo. Sou melhor que o fulano e vou fazer mais. Não deu para fazer muito mais agora vamos fazer. Isso faz parte do marketing político?.O professor ressalta ainda a necessidade de identificar as propostas dos candidatos?. É preciso ver o realismo destas propostas por um lado. Os interesses. Ou são interesses pessoais ou de uma classe. Elas estão sempre vinculadas a um interesse de compadre. O eleitor precisa analisar as propostas dentro de um contexto do município. Ver a historia do candidato e que políticas ele ou ela está defendendo?.

O que esperar dos vereadores

Em 7 de outubro, 70 mil vereadores serão eleitos em todo o Brasil, 18,8 mil a mais que na última eleição, em 2008. Isso se deve basicamente ao aumento da população e a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que resolveu elevar para nove o número de vereadores nos municípios com até 15 mil habitantes.

Em São Lourenço, 9 vereadores assumem a câmara legislativa a partir do próximo ano, e muitos destes não possuem instrução ou aptidão capaz de desenvolver o papel que lhe compete a frente da população. Fiscalizar o prefeito, estudar e desenvolver políticas públicas que resultem em benefícios para o município; gerir os recursos destinados à educação, saneamento básico, saúde e a manutenção de estradas são algumas das competências do vereador, que muitas vezes faz corpo mole ou incorpora uma espécie de funcionário privado. Outros ainda, se alinham ao mando do prefeito e pouco faz pelo bem comum. O professor Vicente Faleiros define o papel da casa legislativa e seus ocupantes. ?A câmara municipal não é o joguete do prefeito tem uma função de fiscalizar o prefeito, não só dá nome de rua, mas propor o orçamento para políticas urbanas de saúde, transporte e educação. Fiscalizar o orçamento. Vereadores são agentes públicos e não privados?. O professor lembrou que muitas vezes os vereadores não ouvem a população e isso seria necessário para dá consonância aos trabalhos.

É comum obra inacabada em municípios, sendo muitas das vezes a falta da atuação do vereador. Quando há obras ou invenções delas para ludibriar o povo e o Estado. Problemas como estradas esburacas, escolas fechadas, falta de merenda escolar, precariedade no transporte escolar e falta de ambulâncias, são falhas tanto do prefeito quanto dos vereadores.

Problemas sociais existem em todas as cidades brasileiras, mas muitos deles podem ser resolvidos se houver maior participação da população que deveria está organizada em entidades civis para a promoção dos direitos e da cidadania. Em muitos países a política vem mudando gradativamente por meio da pressão social. Os cidadãos se organizam e manifestam as necessidades, não sendo conivente com a realidade, mas indo ao encontro de saídas para a solução de problemas de interesse da sociedade. Ações pensadas e estruturadas não só para curto prazo podem mudar a historia de um povo. O ato de votar é uma manifestação democrática que só terá resultado se o cidadão souber escolher seu candidato e isso é uma opção que merece respeito.



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