Profissionais da saúde se reúnem para discutir métodos e estratégias ao combate a hanseníase

Profissionais da saúde se reúnem para discutir métodos e estratégias ao combate a hanseníase

Segundo a Coordenadora da 7ª Gerencia Regional da Saúde, Maria de Fátima Coelho, os profissionais do NHR estão preparados para conversar com portadores de hanseníase . | Raimundo Barbosa
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Nesta semana foi realizada uma reunião no auditório da 7ª Gerencia Regional da Saúde com a equipe do NHR para discutir métodos e estratégias a ser aplicada ao combate a hanseníase no município de Valença do Piauí.

Segundo a Coordenadora da 7ª Gerencia Regional da Saúde, Maria de Fátima Coelho, os profissionais do NHR estão preparados para conversar com portadores de hanseníase e com as famílias destes, com o objetivo de acompanhar a evolução do tratamento, caso seja detectado a doença e seus eventuais sintomas. A reunião teve a orientação e a participação de consultores do ministério da saúde.

A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.

O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.



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