Apicultura do Piauí espera exportar 7 mil toneladas de mel em 2023

O mel produzido no Piauí é o terceiro maior produto da pauta de exportação do estado, sendo superado apenas pela soja e milho

O mel produzido no Piauí é o terceiro maior produto da pauta de exportação do estado | Ascom
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O mel produzido no Piauí é o terceiro maior produto da pauta de exportação do estado, sendo superado apenas pela soja e milho. Atualmente, representa cerca de 36% das exportações. Com os incentivos do governo estadual, novas perspectivas surgem para o setor de apicultura, que espera exportar 7 mil toneladas de mel em 2023.

No ano passado, foram exportadas quase 7 mil toneladas de mel para o mercado internacional. As exportações desse produto e seus derivados geraram mais de R$ 100 milhões para a economia do estado em 2022.

Segudo  diretor de Projetos para os Territórios do Semiárido, da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Francisco das Chagas Ribeiro, o “Chicão”,  atualmente o Piauí possui mais de 10 mil apicultores. “Atualmente no Estado temos 10 cooperativas apícolas ativas, uma Central de Cooperativas Apícolas e várias cooperativas mistas que também trabalham com apicultura”, disse. 

Segundo ele, a produção anual de mel gira em torno de 9 mil toneladas por ano. “Nos 5 primeiros meses do ano, quando se concentra as colheitas, nos aproximamos das 4 mil toneladas de mel produzidas no Estado”, ressalta Chicão. Os principais mercados do mel orgânico do Piauí são a Comunidade Europeia, principalmente Alemanha, Inglaterra e Itália. Os Estados Unidos e Canadá também são importantes consumidores do mel piauiense.

A Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi) e a Cooperativa de Desenvolvimento do Vale do Rio Piracuruca (Codevarp) têm Selo de Inspeção Federal (SIF), o que também acontece com a Central de Cooperativas (Casa Apis). Várias outras cooperativas estão em processo de obtenção do selo.

A Codevarp, de Piracuruca, tem SIF para a produção da apitoxina (veneno da abelha) comercializado para o mercado farmacêutico e recebeu apoio da SAF, através do Programa de Geração de Emprego e Renda no Meio Rural (Progere). Várias outras cooperativas e associações estão diversificando a produção para pólen e própolis, com apoio do Governo, através SAF e Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Chicão acrescentou que várias indústrias do ramo de cosméticos adquirem mel e outros produtos das abelhas para suas linhas de produção. As gigantes Natura, Boticário e Avon são exemplos dessas indústrias que adquirem mel e outros produtos apícolas do Piauí.

A Casa Apis e a Comapi possuem o selo estadual e federal, além do SIF (Serviço de Inspeção Federal). Além disso, elas possuem vários outros selos de qualidade, como o da Codevarp em Piracuruca, que também já possui o SIF, embora ainda não o utilize. No entanto, as demais cooperativas ainda precisam se organizar e fazer adaptações para obter os selos de qualidade necessários e garantir uma boa posição no mercado.

A renda média dos apicultores gira em torno de dois salários mínimos mensais, e a maioria deles desenvolve outras atividades produtivas que combinam com a apicultura. Várias cooperativas estão em processo de organização e formalização, especialmente aquelas que se originam de Associações de Apicultores.



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