Draco vai investigar caso de adolescente de 14 anos morto em Teresina

O coordenador do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO), Charles Pessoa, anunciou que vai investigar o caso do adolescente que foi sequestrado e depois assassinado na zona Norte de Teresina. O crime foi gravado pelos executores e enviado aos familiares da vítima.

O corpo de Erieldson Ribeiro da Costa, de 14 anos, foi descoberto na tarde de quinta-feira (22) no bairro Nova Teresina. Ele estava desaparecido desde a terça-feira (20), quando foi sequestrado no bairro Buenos Aires, também na zona Norte da capital.  Segundo relatos de amigos, Erieldson estava jogando bola e foi abordado por três homens desconhecidos momentos antes do seu desaparecimento. 

Menos de 24h após o sumiço do garoto, a família da vítima recebeu um vídeo do momento em que ele foi morto a tiros. 

O delegado Charles Pessoa informou que embora o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) já esteja encarregado das investigações do homicídio, há fortes indícios do envolvimento de facções criminosas. Em virtude disso, o Delegado Geral Luccy Keiko Leal determinou que o DRACO contribua com as investigações. "Há fortes indícios de que o crime foi executado por uma organização criminosa. É uma afronta à segurança pública piauiense e à sociedade em geral. Infelizmente, não podemos trazer a vida desse jovem de volta, mas podemos garantir que todos esses criminosos serão responsabilizados", declarou Charles Pessoa.

Draco vai investigar caso de adolescente de 14 anos morto em Teresina (Foto: Reprodução/Bom Dia Meio Norte)

O delegado ressaltou que a Secretaria de Segurança Pública do Piauí está ciente do caso e que ações enérgicas serão tomadas para combater as facções criminosas e responsabilizá-las pelos seus atos. "A secretaria está atenta e intensificará as ações contra esses grupos que têm chamado a atenção das autoridades de segurança pública", acrescentou Pessoa.

Conforme a família de Erieldson Ribeiro da Costa, o adolescente tinha transtorno do espectro autista (TEA). Em entrevista para  a TV Meio Norte, Erasmo Costa, pai do jovem, chorou e pediu justiça pela morte do filho. "Ainda tínhamos esperanças de que ele apareceria, de que talvez estivesse na casa de algum amigo, pois ele nunca fez algo assim, nunca dormiu fora de casa. Meu filho só estudava e jogava bola".