Novo monumento de Iemanjá será instalado na Av Marechal Castelo Branco, em Teresina

Constantemente depredada por vândalos e intolerantes, a imagem de Iemanjá instalada na Avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina, será substituída por uma nova escultura. Uma solenidade de inauguração do monumento da orixá ligada ao mar acontece no domingo (14), às 15h30, com a presença de lideranças de Matriz Africana, de terreiros da capital e interior.

MUDANÇAS: Dessa vez, no lugar da orixá que está representada por uma figura feminina de pele branca e o cabelo liso, ficará uma Iemanjá de pele negra e adereços que remetem ao mar, como conchas e pérolas. Os religiosos contaram com apoio de um empresário para subsidiar os custos da estátua.

Novo monumento de Iemanjá será instalado na Avenida Marechal Castelo Branco (Foto: Reprodução)

“Vamos substituir a atual imagem, que, inclusive, está depredada, por uma totalmente nova. Essa nova Iemanjá tem a pele negra e traços mais africanos, em referência ao local de origem da orixá, então ela terá adornos como conchas, o rosto mais expressivo, está linda”, disse a Ialorixá Neusa de Xangô.

A nova imagem foi produzida pelo escultor Jean Pimentel, do Polo Cerâmico de Teresina.

MAIS UM MONUMENTO: Outra novidade é que, buscando deixar a imagem mais conhecida, o mesmo modelo será colocado no monumento Deusa das Águas com as obras de revitalização do Polo Cerâmico. Neste monumento da zona Norte, além de Iemanjá, Oxum, a orixá da fertilidade, do amor e das águas doces, também vai contemplar os povos de Terreiro. Embora as duas imagens estejam prontas, o monumento Deusa das Águas aguarda definição do Governo do Piauí para ser inaugurado.

QUEM É IEMANJÁ? Iemanjá é um orixá (divindade africana) feminino das religiões Candomblé e Umbanda. O seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significam “mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás.

Iemanjá é a padroeira dos pescadores. Para as religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, é ela quem decide o destino de todos aqueles que entram no mar. Também é considerada a “Afrodite brasileira”, a deusa do amor a quem recorrem os apaixonados em suas demandas amorosas