Piauí tem a sétima maior população quilombola do Brasil, divulga IBGE

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (27/07) os primeiros resultados do Censo Demográfico 2022 para a população quilombola residente no Brasil. Para fins censitários, o IBGE considerou como localidades quilombolas aquelas que compõem o conjunto dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, dos agrupamentos quilombolas e das demais áreas de conhecida ou potencial ocupação quilombola.

No Brasil foram contadas 1.327.802 pessoas quilombolas, residindo em territórios quilombolas oficialmente delimitados ou não, o que correspondia a 0,65% da população do país. No Piauí foram contadas 31.686 pessoas quilombolas, o que representa cerca de 0,97% da população do estado, indicador superior à média do país. Em termos quantitativos, o Piauí tem a sétima maior população quilombola do Brasil.

O estado com o maior quantitativo quilombola foi a Bahia, com 397.059 pessoas, seguido do Maranhão, com 269.074 pessoas. Somando a população quilombola da Bahia e do Maranhão, temos um total de 666.133 pessoas, o que equivale a 50,17% da população quilombola total do país. O Distrito Federal foi a unidade da federação com o menor quantitativo de quilombolas, com 305 pessoas. Os estados de Roraima e do Acre foram os únicos que não apresentaram população quilombola.

A Região que concentra a maior quantidade de pessoas quilombolas é a Região Nordeste, com 905.415 quilombolas, correspondendo a 68,19% da população quilombola, seguida da Região Sudeste com 182.305 pessoas e a Região Norte com 166.069 pessoas, ambas contabilizando 26,24% da população quilombola. Responsáveis por 5,57% da população quilombola, as Regiões Centro-Oeste e Sul têm 44.957 e 29.056 pessoas, respectivamente. 

Censo Demográfico contabiliza cerca de 10,5 mil domicílios quilombolas no Piauí

O Censo Demográfico 2022 do IBGE recenseou 10.562 domicílios quilombolas no estado do Piauí, o equivalente a cerca de 1% do total de domicílios do estado. A unidade da federação com o maior indicador foi o Maranhão, com 4,2% de domicílios quilombolas, seguido da Bahia com 2,93%. O Distrito Federal foi o que apresentou menor indicador, com 0,02% de domicílios quilombolas.

No Piauí, a média de moradores nos domicílios onde pelo menos um dos residentes era quilombola chegava a 3,22 moradores/domicílio, enquanto que para a população total do estado esse indicador era inferior, chegando a 3,05 moradores/domicílio. A unidade da federação com o maior indicador de moradores quilombolas por domicílio era o Amazonas, onde a média chegava a 4,71 moradores/domicílio, seguido do Amapá, com 3,89 moradores/domicílio.

(Com informações do IBGE)