Operação Parasitas: Como funcionava a fraude de R$ 3 milhões no Piauí com 23 presos

Quadrilha especializada em fraudes corporativas foi desarticulada no Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, com a prisão de 23 integrantes. As fraudes, estimadas em R$ 3 milhões, consistiam em notas fiscais frias e superfaturadas

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Foto mostra a Polícia Civil contabilizando dinheiro e interditando uma loja alvo da Operação Parasitas, que desarticulou um grupo que cometeu fraudes milionárias no Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte | Reprodução/ Polícia Civil do Piauí
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A Polícia Civil do Piauí encerrou a Operação Parasitas com a prisão de 23 membros de uma associação criminosa especializada em um esquema de fraudes corporativas que causou prejuízos de R$ 3 milhões contra empresas no Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte.

COMO FUNCIONAVAM AS FRAUDES?

De acordo com a Polícia Civil do Piauí, as investigações tiveram início em 2021 e no decorrer do inquérito policial ficou claro que funcionários de um grupo empresarial se uniram a fornecedores de peças e funcionários de serviços de manutenção de veículos para emitir notas fiscais frias e superfaturadas, causando prejuízos a empresas detentoras de grande frota de veículos. Os criminosos usavam de estratégias para fraudar as notas fiscais e após o processo, as notas eram encaminhadas para os funcionários envolvidos no esquema, que processavam no setor de pagamentos como se fossem legítimas.

Três maneiras de fraudes:

  • Cobrar sobrepreço nas mercadorias que vendiam para as empresas vítimas;
  • Criar notas falsas de serviços que nunca existiram;
  • Desviar peças do estoque das empresas vítimas.

Qual o perfil dos criminosos? 

  • Funcionários do grupo empresarial (engrenagem chave para o esquema);
  • Proprietários de CNPJs que superfaturavam preços e emitiam notas frias;
  • Proprietários de CNPJs que sequer existiam (empresas laranjas).

OPERAÇÃO PARASITAS: 

Ao todo, 25 empresas tiveram as atividades suspensas, sendo que 10 tinham existência apenas fictícia. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais em Teresina (PI), Alto Longá (PI), Timon (MA) e Jucurutu (RN). 

Foto mostra o cumprimento de mandados de prisão e de buscas na Operação Parasitas | Foto: Reprodução

Investigações adicionais sugerem que esta organização criminosa pode ter lesado outras empresas, indicando um padrão de comportamento fraudulento que se estende além do caso inicialmente identificado. 

Para assegurar a eficácia da operação e a recuperação dos ativos financeiros, foi determinado judicialmente o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens, incluindo veículos automotores dos investigados ou das pessoas jurídicas implicadas. Essas medidas visam impedir a dissipação de patrimônio e garantir a reparação dos danos causados pela atividade ilícita.



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