Teresina é a cidade do Piauí mais perigosa para comunidade LGBTQIA+

Os dados foram divulgados no 1º Boletim de Dados de Violência contra a Pessoa LGBTQIA+ no Piauí, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí

Teresina é a cidade do Piauí mais perigosa para os LGBTQIA+ | Reprodução
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Durante o ano de 2022, mais de 800 boletins de ocorrência de crimes contra a pessoa LGBTQIA+ foram registrados no Piauí. Os dados foram divulgados no 1º Boletim de Dados de Violência contra a Pessoa LGBTQIA+ no Piauí, apresentado nesta sexta-feira (01) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

Segundo a apuração, 55,01% dos crimes foram patrimoniais, 11,06% contra a honra. 5,06% referem-se à violência física e 0,84% à violência sexual. Referente a raça, a população negra é a mais recorrente nas ocorrências,  64% das vítimas eram pardas ou pretas. Além disso, 49,9% das vítimas tinham entre 15 e 29 anos de idade e 64% eram pardas ou pretas. Outro dado importante é que 75,29% dos crimes foram praticados em Teresina.

O gerente de análise criminal e estatística da SSP-PI, João Marcelo Brasileiro, explica que a partir dos dados obtidos pelo boletim a Secretaria de Segurança vai começar a traçar estratégias para inibir a violência contra a comunidade.

“É o início de uma série de indicadores que a Secretaria de Segurança vai começar a produzir. A importância é visibilizar a violência contra a pessoa LGBTQIA+. Não se pode tratar as ações de segurança pública sem pautar em dados, ou seja, o boletim vai orientar os órgãos do governo e setores da sociedade civil organizada a traçar estratégias conjuntas para coibir a violência LGBTQIA+”, explica.

 Protocolo de Abordagem e Atendimento da População LGBTQIAPN+

Os dados foram divulgados durante o lançamento do Protocolo de Abordagem e Atendimento da População LGBTQIAPN+. O protocolo tem como objetivo garantir respeito e um atendimento humanizado na abordagem por agentes públicos estaduais das forças de segurança junto à população LGBTQIAPN+, com base na legalidade e no respeito aos direitos humanos.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, o protocolo vai tornar o Piauí um ambiente mais respeitoso. "É preciso respeitar as pessoas independente da orientação sexual ou opção religiosa. O protocolo vai proporcionar ao Estado do Piauí um ambiente de respeito e paz ao criar um atendimento humanizado na abordagem por agentes públicos estaduais das forças de segurança", disse.

Teresina é a cidade do Piauí mais perigosa para comunidade LGBTQIA+ / Foto - Divulgação

O evento contou com a participação de representantes do Ministério Público do Piauí, Defensoria Pública do Estado do Piauí e comandantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar.



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