'Uma grande surpresa', diz delegada sobre tribunal ignorar crime de feminicídio

A delegada foi responsável junto ao Núcleo de Feminicídio do DHPP, pelo inquérito que investigou a morte da estudante

'Uma grande surpresa', diz delegada sobre tribunal ignorar crime de feminicídio | Matheus Oliveira/Rede Meio Norte/Reprodução
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A delegada Nathalia Figueiredo, disse em entrevista ao meionorte.com, ter ficado surpresa com a decisão da justiça em excluir a qualificadora de feminicídio da pena de Thyago Mayson da Silva Barbosa, responsável por estuprar e matar a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, em janeiro deste ano em uma sala da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

"Olha para mim foi uma grande surpresa quando eu vi a decisão do júri em julgar como homicídio culposo. Mas claro que essa decisão é soberana e vai  de encontro com o que foi produzido. Eu e os investigadores continuamos entendendo que no momento ele assumiu sim o risco de produção de resultado morte", disse.

A delegada foi responsável junto ao Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pelo inquérito que investigou a morte da estudante. Ainda segundo ela, de acordo com os laudos do caso ficou entendido que a vida da vítima era indiferente para Thyago.

“Segundo o que foi produzido no inquérito nós entendemos que para ele era indiferente a vida da vítima. Fiquei de acordo com as qualificadoras mas não era algo que a gente esperava, eu vi que a advogada de acusação vai recorrer diante dessa decisão, mas mesmo assim ainda estou surpresa com o desenrolar do caso”, disse.

A sentença

Thiago Mayson da Silva Barbosa foi condenado a 18 anos e 6 meses de prisão pela morte da estudante de jornalismo Janaína Bezerra. O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto e teve início na sexta-feira (29). A decisão foi dada por volta das 5h deste sábado (30) no Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Sousa Neto.

Thiago foi condenado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver, fraude processual, mas a qualificadora de feminicídio foi rejeitada pelos jurados. A família Janaína comunicou que vai recorrer da decisão.



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