13 homossexuais foram assassinados no Piauí em 2014, diz Matizes

A capital Teresina foi a cidade que registrou o maior número de homicídios.

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No último levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2013, as estatísticas de violência contra o público LGBT totalizaram 312 casos de assassinatos de gays, lésbicas e travestis em todo o Brasil.

Em 2014, dados do Grupo Matizes revelam que, no Piauí, foram 13 assassinatos de homossexuais e travestis. A entidade acredita que a grande maioria destes casos tem motivações por homofobia. Porém, as autoridades policiais descartam essa hipótese ao investigarem os crimes. Na comparação de 2013 com 2014, houve um aumento de 5 assassinatos, principalmente, de gays e travestis.

A capital Teresina foi a cidade que registrou o maior número de homicídios. Ainda segundo os dados de 2013, feito pelo GGB, o Piauí ocupava a 8º posição em números absolutos de homicídios. O GGB é responsável pela coleta de dados sobre as mortes entre a comunidade LGBT em todo Brasil. Segundo o Grupo Matizes, dos 13 homicídios cometidos contra homossexuais no Piauí, apenas três tiveram solução."Isso demonstra a falta de interesse na investigação dos crime de natureza homofóbica", afirma Marinalva.

Em 2014, diversas mensagens homofóbicas foram divulgadas nas redes sociais, em Teresina, com ameaças de morte e xingamentos contra o segmento LGBT. Marinalva Santana, do Grupo Matizes, e Luís André, presidente do Conselho Municipal LGBT, foram alvos dessas ameaças de morte. De acordo com Marinalva Santana, os autores dessa mensagens não foram descobertos, assim como também muitos desses homicídios ainda não foram solucionados. "Isso é o mais grave dessa onda de violência contra o público LGBT: a não solução e punição dos responsáveis por essas mortes", declarou Marinalva. Diante deste cenário o Grupo Matizes, em julho de 2014, entregou ao então Secretário de Segurança do Piauí, Luís Carlos Martins, um dossiê com informações sobre os casos de homicídios cometidos contra a população LGBT do Piauí. Na oportunidade, a Coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana, cobrou do secretário a solução desses casos e o desenvolvimento de ações para contenção dos números de assassinatos no estado. Os crimes cometidos contra o público GLBT são na maioria das vezes com requintes de crueldade, o que para o Grupo Matizes demonstra a motivação homofóbica com a qual muitos desses crimes são cometidos.



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