À polícia, jovens dizem ter bebido ao dançar funk em cima de cavalo

Segundo delegado, eles e o tratador do animal serão indiciados, em Goiás.

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À polícia, jovens dizem ter bebido ao dançar funk em cima de cavalo | Reprodução
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Os jovens que aparecem em um vídeo dançando funk em cima de um cavalo prestaram depoimento à polícia. Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano de Carvalho, eles alegaram ter bebido no dia em que a cena foi gravada, em Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.

O delegado e agentes da Dema estiveram em Bela Vista para colher o depoimento dos envolvidos: o tratador, uma jovem e dois rapazes. Todos disseram ter ingerido bebida alcoólica. Os quatro serão indiciados por abuso contra animal. O tratador do animal também deverá responder por maus-tratos.

De acordo com o delegado, o fato ocorreu no último domingo (2), após a cavalgada da Exposição Agropecuária da cidade. Um vídeo com a cena foi divulgado nas redes sociais e causou indignação entre internautas.

No vídeo, um homem de camisa amarela, identificado pela polícia como o tratador, aparece segurando o animal deitado no chão em uma calçada. Ao som de funk, uma jovem sobe no cavalo e dança por cerca de 20 segundos. Várias pessoas assistem à cena. Ela desce e alisa o equino.

Em seguida, um rapaz faz flexões sobre o cavalo. Assim que ele termina, um jovem sem camisa sobe e dança por alguns segundos. Por último, o homem que controlava o animal também se requebra sobre ele.

Adestrado

Luziano informou que tanto o vaqueiro quanto o cavalo são bastante conhecidos na cidade. À polícia, o tratador - que aparece nas imagens de camisa amarela - disse que não estava maltratando o equino. Segundo ele, o animal é adestrado e obedece a seus comandos, como deitar e se fingir de morto.

Um veterinário fez uma inspeção visual e constatou que o animal apresentou características saudáveis e aparentava estar bem cuidado. O cavalo foi apreendido, mas permanecerá no local onde vive. "Deixamos o dono da fazenda, que também é proprietário do bicho, como depositário. Enquanto investigamos o caso, ele não pode ser vendido", explica o delegado.

O vaqueiro será indiciado porque autorizou e até incentivou, segundo alguns dos depoentes, as pessoas a subirem no animal. O inquérito, segundo o delegado, será concluído e encaminhado à Justiça no início da próxima semana.

Segundo o delegado, a Lei de Crimes Ambientais trata sobre a questão do abuso no artigo 32, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção e multa, que pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil. A mesma punição é aplicada para o casa de maus-tratos.



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