Acusado de atacar casal revela grande interesse por bombas

Thays Mendes e Guilherme Almeida estavam dentro do carro, parados no sinal, quando um homem jogou um explosivo

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Suspeito nega acusações | Reprodução/TV Globo
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Reviravolta em na história de um casal atingido por uma bomba, dentro de um carro, em Goiás. Um ex-namorado da moça era o principal suspeito. Mas agora a polícia acha que encontrou o verdadeiro culpado.

Vocês não podem nem dar a mão?

Thays Mendes: Não, por enquanto não.

Por quê?

Thays: Por causa da imunidade. As feridas que ainda estão abertas.

Problema de infecção?

Thays: É por isso.

Thays Mendes e Guilherme Almeida foram vítimas de um ataque a bomba em Anápolis, Goiás, no início do ano. Eles estavam dentro do carro, parados no sinal, quando um homem jogou um explosivo. Era uma bomba caseira, que lançou pregos ao explodir.

?Eu estava trocando de música ainda, quando eu vi só veio uma caixa, de uma vez, parou no meio e logo em seguida já explodiu?, conta Thays.

Guilherme e Thays sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus. O casal vai precisar de pelo menos um ano de tratamento. Na época do atentado, ninguém foi preso.

Um ex-namorado de Thays chegou a ser considerado suspeito pela polícia. Em entrevista ao Fantástico no início do ano, sem mostrar o rosto, ele disse que passou a receber ameaças. ?Estou sendo ameaçado em redes sociais, por telefone, nas ruas?, disse.

Quase um mês depois, outro atentado a bomba, desta vez em Goiânia, mudou o rumo do caso.

Uingles Queirós foi preso em flagrante depois de atacar um ônibus. No dia 28 de janeiro, às 10h, o ônibus seguia o trajeto normalmente. Era um dia comum. Quando parou, Uingles subiu e minutos depois acendeu as três bombas. Os passageiros ficaram desesperados.

Por sorte, apenas uma das três bombas explodiu. Dois passageiros ficaram feridos. Segundo a polícia, foi Uingles quem atacou Guilherme e Thays. Ele fabrica bombas. Fórmulas de explosivos foram encontradas na casa dele. Na delegacia onde está preso, Uingles falou ao Fantástico.

?Interesse muita gente tem por bombas. Eu, porém, também senti, no meu coração, senti interesse de conhecer, de manipular?, disse Uingles.

Ele nega ter atacado o casal.

Em Goiânia, o senhor confirmou que foi o senhor?

Uingles: Realmente eu confirmei.

Aqui não?

Uingles: Não.

E disse à polícia que jogou o explosivo no ônibus porque se sentiu ameaçado.

?Não havia uma motivação lógica para a prática desse delito. Qualquer pessoa que estivesse passando naquela rua poderia ter sido vítima desse ato irracional praticado pelo autor do delito?, diz o delegado da Polícia Civil de Goiás Éder Ferreira.

Dois anos atrás, ele fugiu de um presídio em Goiânia, onde cumpria pena por tentativa de homicídio em 2003.

Segundo a Justiça de Goiás, ele nunca recebeu avaliação psiquiátrica, apesar de dizer, por exemplo, que vê vultos e ouve vozes. ?Eu escuto não só vozes, mas também tenho problemas de alguns vultos que eu vejo e mais outras coisas que acontecem que eu não lembro no momento, tem acontecido comigo?, diz.

Ao ser preso depois de atacar o ônibus, ele tinha uma nota fiscal da compra de uma bicicleta na cidade de Anápolis. A polícia encontrou a bicicleta e diz que as imagens das câmeras de segurança provam que é a mesma que foi usada no atentado ao casal Thays e Guilherme.

?Os peritos informaram que não resta dúvida, que essa bicicleta foi a bicicleta utilizada pelo autor do delito?, diz delegado.

Se Uingles Queirós for mesmo o culpado pelo atentado ao casal, será acusado de tentativa de homicídio. A condenação pode chegar a 30 anos de prisão.



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