Alckmin mostra interesse em voltar a disputar a Presidência em 2014

Alckmin disputou a Presidência da República em 2006.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), incluiu ontem seu nome na lista da qual será escolhido o tucano que poderá disputar o Palácio do Planalto em 2014. Alckmin disputou a Presidência da República em 2006, quando perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2010, foi eleito governador de São Paulo e esta é a primeira vez que o tucano admite em público estar interessado em concorrer a presidente outra vez.

Dentro do PSDB, o senso comum é o de que Alckmin, 59 anos, será apenas candidato a mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes. Ontem, entretanto, ele deu a entender que seu futuro eleitoral ainda está em aberto.

Quando indagado de maneira direta, diz que ainda é muito cedo e que não tem como "objetivo" disputar a eleição presidencial. Mas o discurso muda quando Alckmin é confrontado com as opções reais do PSDB.

Para uma hipótese na qual alguns nomes tucanos não se viabilizem em 2014, o governador paulista comenta: "Aí, ou nós trazemos o quadro do Rodrigues Alves de volta para o gabinete, ou nós temos aí o Beto Richa [governador do Paraná, do PSDB], o professor Anastasia [governador de Minas Gerais, do PSDB]".

A menção ao "quadro do Rodrigues Alves" é uma referência cifrada de Alckmin. No passado, ele mantinha em seu gabinete o retrato desse paulista que foi presidente do Brasil de 1902 a 1906. Seria uma fonte de inspiração. Agora, o quadro está em outra parede do Palácio dos Bandeirantes.

Ao dizer que traria de volta a imagem de Rodrigues Alves para seu gabinete, Alckmin falou, de seu jeito, que não se considera totalmente fora de disputas presidenciais.

Embora seja uma declaração oblíqua, trata-se de um movimento relevante no PSDB. O partido enfrenta um esgotamento quando se trata de buscar nomes com expressão nacional para disputar o Planalto em 2014.

O tucano José Serra já concorreu à Presidência duas vezes (2002 e 2010). O senador Aécio Neves (PSDB-MG) seria o próximo da fila, mas até hoje não empolgou o establishment partidário -além de enfrentar resistências na seção paulista da sigla.

Alckmin também faz questão de dizer que a escolha do candidato a presidente do PSDB em 2014 deve ser por meio de um processo aberto, com participação dos militantes da sigla -uma eleição prévia interna, sistema pelo qual São Paulo teria grande peso político.

"Eu vejo com simpatia, com boa possibilidade para a eleição presidencial, você fazer também uma primária, abrir esse debate no partido, ouvir mais o partido", declarou Alckmin.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES